Treinadores de Chaves e Ribeirão prevêem jogo difícil para subida à II Liga

No jogo de domingo, o Desportivo de Chaves, primeiro classificado, com uma melhor diferença de golos, recebe o Ribeirão, segundo, com os mesmos pontos.

No final da primeira volta, no Estádio do Passal, em Ribeirão, as duas equipas empataram a um golo, naquele que foi o primeiro jogo de João Pinto ao comando do Desportivo de Chaves, tendo assim a formação flaviense, para já, uma ligeira vantagem.

Para o Desportivo de Chaves, a subida significa o regresso ao futebol profissional. O clube transmontano conta com 13 presenças no principal escalão, tendo um quinto lugar como melhor classificação. O Ribeirão procura deixar pela primeira vez o futebol amador.

No comando técnico do Chaves encontra-se o antigo “capitão” do FC Porto João Pinto que, além das 16 épocas de “dragão” ao peito, conta ainda com quatro épocas como adjunto de Jesualdo Ferreira nos “dragões” e uma como treinador principal do Sporting da Covilhã, antes de assumir o comando do Chaves, em janeiro.

Por seu turno, Daniel Ramos, treinador do Ribeirão, conta também com várias experiências no futebol profissional, tendo já conseguido promover o Trofense e o União da Madeira à II Liga.

Quanto ao jogo, João Pinto considera-o “uma final” e garante que a sua equipa “tudo irá fazer para conseguir os três pontos”, contando com a vantagem de jogar em Trás-os-Montes.

Já Daniel Ramos prevê “um jogo de grande intensidade”, no próximo domingo, ambicionando vencer e selar a subida de divisão.

“Não sei se será bem jogado, mas terá grande intensidade. Vamos com intuito de vencer porque é disso que precisamos, mas adivinha-se um jogo difícil para ambos”, prevê Ramos.

O treinador do Ribeirão diz ainda que “a responsabilidade está do lado do Chaves porque joga em casa e tem dois resultados que lhe servem”.

João Pinto admite que a sua equipa tem ligeiro favoritismo por jogar em casa, mas assegura que “esse favoritismo só é bom se a equipa demonstrar que é melhor do que o adversário”.

Em relação ao papel que a experiência no futebol profissional dos treinadores possa ter na campanha desta época, e numa possível participação na II liga no próximo ano, os dois técnicos têm visões diferentes.

Enquanto Daniel Ramos considera que tem “neste momento uma maior visão e capacidade de orientar a equipa nestes momentos difíceis”, João Pinto desvaloriza a importância da sua experiência no futebol profissional para o sucesso da equipa, afirmando que o que realmente fez a diferença foi “o caráter dos jogadores e o espírito de grupo”.

Tanto João Pinto como Daniel Ramos assumiram o comando técnico dos respetivos conjuntos já no decorrer da temporada e quando as equipas se encontravam a alguma distância do primeiro lugar.

Ao fazer uma retrospetiva da evolução do campeonato e do sucesso alcançado, os dois treinadores explicam que o segredo residiu em fazer os jogadores acreditar que a subida seria possível.

“Prometi-lhes que, se eles [jogadores] trabalhassem da forma como eu queria e que se entregassem tanto nos treinos como nos jogos da forma como eu desejava, poderíamos alcançar os nossos objetivos. Foi isso que fizeram. A vontade de ganhar também era enorme e isso veio-se a traduzir jogo após jogo”, revelou João Pinto.

Daniel Ramos diz ter apostado em “fazer acreditar aos jogadores que a qualidade existia e que o trabalho sério e profissional era o mais curto, sublinhando que “a entrada de quatro jogadores em janeiro também deu mais qualidade à equipa” do Ribeirão.

O jogo decisivo vai ter lugar no Estádio Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves, no domingo, a partir das 16:00.