Vítor Pereira: «Foi uma vitória contra uma equipa que jogou muito fechada»

''Foi uma vitória contra uma equipa que veio ao Dragão jogar muito fechada, sem ponta-de-lança, com dois homens abertos nas alas e quatro no meio, na tentativa de nos surpreender num erro ou numa transição. E manteve-se assim até ao primeiro golo.

Fomos tendo dificuldades até ao primeiro golo. Realço a qualidade e caráter da nossa equipa, que não se precipitou, nem entrou em ansiedade. E, com paciência, foi construindo situações de golo, que podiam ter resultado num marcador mais dilatado.

Voltámos a não sofrer golos e estou satisfeito com equipa e com o comportamento dos jogadores.

Quando se tem 70 e tal por cento de posse de bola, o espírito guerreiro, hoje, foi no sentido de ter caráter para ir à procura do golo. Foi tardando, mas este é o espírito que pretendo. A equipa não se acomodou, quis criar situações de golo, falhámos algumas, mas o espírito guerreiro traduz-se na forma como não nos acomodámos. Em termos defensivos, raramente permitimos que o adversário se estendesse no relvado.

Esta é a nossa matriz, sempre jogámos desta forma com bola e agressivos sem ela.

(Penálti falhado) Estávamos à procura do golo há tanto tempo que se espera que surja naquela oportunidade. Mas, acreditei que o tempo que faltava era suficiente. O Setúbal jogou com a estrutura fechada e foi acumulando fadiga, sendo natural que os erros apareçam mais perto do fim.

Jackson foi infeliz uma ou outra vez. Depois, temos o James Rodriguez e o Lucho González para os marcar. O James sentiu confiança, mas falhou. Faz parte do jogo.

(Entrada de Varela) Tentei diversificar os movimentos. Senti que, com o Alex diminuído (mialgia), a profundidade nem sempre se ganha com velocidade. Não havia espaço para a velocidade. Era importante que os movimentos não se repetissem e era o que estava a acontecer. Com o Varela, achei que teríamos essa profundidade e ele entrou muito bem. Penso que o Atsu ainda se ressente da lesão contraída na Madeira e não deu o que pensei que podia dar.

(Árbitro do Marítimo-Benfica) Espero do senhor Manuel Mota que tenha dia feliz e que faça uma grande arbitragem, conforme desejo a todos os árbitros, procurando fazer as coisas da melhor forma possível e não errar consecutivamente, como vi na semana passada''.

Lucho Gonzalez: “Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Tivemos uma grande atitude na primeira parte e podíamos ter marcado um golo, que nos desse tranquilidade. É difícil jogar contra equipas que só defendem, mas conseguimos marcar e ganhar.

(Mais um penálti falhado) São coisas que sucedem, só não erra quem não marca. Esta época, temos tido um pouco de má sorte nos penáltis, mas conseguimos responder da melhor maneira. Foi um triunfo justo.

(Benfica na Madeira) Esperamos que possam perder algum ponto, pois não dependemos de nós próprios, mas o importante era vencer”.