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Bayern Munique-Chelsea: O resultado foi realmente o menos importante

Na antevisão da partida, Pep Guardiola afirmou que o futebol é o momento. Para os resultadistas assumidos como José Mourinho, esta frase pode fazer alguma confusão, mas a verdade é que foi a máxima do espanhol a perdurar na final da Supertaça Europeia, em Praga. Espetáculo, imprevisibilidade, ansiedade, tática, técnica, alegria, desilusão. Tudo aconteceu, de um lado e do outro. Os adeptos agradecem!

Bayern Munique-Chelsea: O resultado foi realmente o menos importante

Foram duas equipas equilibradas, com filosofias diferentes e com um conjunto elevadíssimo de soluções: Mourinho deu-se ao luxo de deixar De Bruyne, Van Ginkel, Willian e Etoo na bancada, Guardiola não contou com Schweinsteiger, Thiago Alcântara e Badstuber. Possuindo soluções diferentes e formas de jogar distintas em relação aos antigos embates entre Real Madrid e Barcelona, Mou e Pep continuaram a polarizar-se. O português mais pragmático e cauteloso, o espanhol mais rendilhado e arriscado. A diferença de passes concretizados, tal como acontecia em Espanha, voltou a ser completamente abismal.

Uma coisa é certa: Chelsea e Bayern Munique serão casos sérios na próxima edição da Liga dos Campeões e não seria uma surpresa caso se voltassem a encontrar na final da prova milionária, em maio de 2014, no Estádio da Luz. Petr Cech e Manuel Neuer, a elite no que à arte de defender diz respeito. Lahm e Ivanovic, dois dos melhores laterais do Mundo. David Luiz e Gary Cahill, um eixo que sabe defender e construir. Do meio-campo para a frente, nem vale a pena falar: Lampard, Schurrle, Hazard, Oscar e Fernando Torres ou Gotze, Kroos, Muller, Robben, Ribéry e Mandzukic seriam um sonho para a maioria dos treinadores do futebol mundial.

O Chelsea começou forte e cedo mostrou que não temia o campeão europeu. O golo de Fernando Torres surgiu do laboratório de Mourinho: transição rápida, bola com largura no flanco e cruzamento tenso para uma finalização magistral. A resposta do Bayern Munique aconteceu por várias ocasiões, mas o empate surgiu apenas no segundo tempo, quando Ribéry (um dos mais inconformados) rematou com violência para o fundo da baliza de Petr Cech. Tanto o gigante do Chelsea como Manuel Neuer interferiram diretamente no resultado, pois uma má exibição de qualquer um deles poderia ter resultado num marcador volumoso para o lado concretizador.

Assim, foi com justiça que Eden Hazard ludibriou a defesa adversária e voltou a colocar o Chelsea na frente do marcador, tal como seria justo se fosse qualquer elemento do Bayern Munique a fazê-lo. E, a partir daqui, é que Pep Guardiola mostrou estar correto. O futebol é o momento e os jogadores alemães aproveitaram-no, contrariando toda a organização e coesão do futebol trabalhado e estudado ao ínfimo pormenor dos ingleses. Javi Martinez, qual dádiva divina, concretizou com sucesso uma bola que lhe caiu nos pés e levou a sua equipa para as grandes-penalidades. No limite.

Na lotaria, ambas as equipas mostraram ter ensaiado os remates da linha dos 11 metros. Todas as tentativas foram concretizadas com exatidão, até que o jovem Lukaku cedeu à pressão e falhou. Tal como em 2011-12, nas meias-finais da Champions League, Mourinho caiu frente ao Bayern Munique nas grandes-penalidades. Mas desta vez não se ajoelhou, preferiu passar largos minutos a pedir o apoio dos adeptos do Chelsea, fez um coração com as mãos e voltou a agradecer no final, não se esquecendo de massacrar o árbitro no final, presumivelmente pela expulsão (justa) de Ramires, e considerar o Chelsea a única equipa que merecia vencer.

O futebol é isto: espetáculo, imprevisibilidade. O futebol é isto: o momento. Pep Guardiola tinha razão. Quem se lembrará do resultado? As bases de dados.

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