Um dirigente da FIFA manifestou-se hoje preocupado com o elevado número de jogadores inscritos irregularmente nos jogos da qualificação africana para o Mundial de futebol de 2014.
O diretor da FIFA Mustapha Fahmy, antigo secretário-geral da Confederação Africana de Futebol (CAF), recordou que África foi o único continente a deparar-se com este problema e, nesse sentido, precisa de ajuda.
''Um grande número de equipas africanas caiu em desgraça com as regras da competição, que estão claramente enunciadas. E isso aconteceu apenas em África. Outros continentes, como a Europa, a América do Sul e a Ásia não tiveram os mesmos problemas'', sustentou Fahmy, durante uma visita à sede da CAF no Cairo.
Para o responsável do órgão máximo do futebol mundial, ''a FIFA precisa olhar para o que aconteceu e trabalhar para encontrar soluções e formas de evitar ocorrências semelhantes no futuro''.
Países como Cabo Verde, Guiné Equatorial, Etiópia, Sudão e Togo alcançaram vitórias, que acabaram por ser retiradas na ''secretaria'' para lhe serem impostas derrotas por 3-0, como sanção para o uso de jogadores inelegíveis, enquanto Burkina Faso e Gabão perderam jogos que tinham empatado.
O último caso envolveu Cabo Verde, cuja vitória por 2-0 sobre a Tunísia foi alterada para uma derrota por 3-0 e teve como consequência o afastamento do ''play-off'' de apuramento para o Mundial do Brasil.
A FIFA está a investigar também a inscrição irregular de um jogador da Libéria numa partida com Angola realizada este mês, e que a equipa de expressão portuguesa venceu por 4-1.