O Benfica venceu hoje o Estoril, no Estádio da Luz, por 2-0, em encontro da 22.ª jornada da I Liga de futebol, que resolveu nos primeiros 20 minutos, graças a uma entrada “à campeão”.
Os “encarnados” entraram a “100 à hora”, num ritmo fortíssimo que se traduziu em três oportunidades no espaço de seis minutos, a primeira logo no segundo, com Lima a isolar-se na área e só com o guarda-redes Vagner a chutar contra o corpo deste.
Aos cinco minutos, nova transição rápida do Benfica, com Rodrigo a isolar Gaitán, que, em boa posição na área estorilista, foi contrariado por grande defesa de Vagner.
Como à terceira é de vez, no minuto seguinte surgiu o golo do Benfica, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Gaitán, ao qual Luisão correspondeu com um cabeceamento a "fuzilar" a baliza à entrada da pequena área.
Falha de marcação fatal da organização defensiva do Estoril, tendo em conta que o Benfica é forte nas bolas paradas, tem lances trabalhados e tem em Luisão um dos seus pontos fortes neste tipo de ações.
O Estoril tentou reagir e "pegar" no jogo, porque é essa a sua identidade, que passa pela posse e circulação de bola, mas o Benfica manteve uma pressão alta, agressivo nas recuperações de bola e velocíssimo nas saídas para o ataque, onde a velocidade de Rodrigo e Lima causavam constantes desequilíbrios na defesa estorilista.
O segundo golo surgiu com naturalidade, aos 19 minutos, através de Rodrigo, que atravessa momento de forma apuradíssimo, a bater Vagner com um remate de primeira, após cruzamento de Siqueira da linha de fundo.
A partir deste golo, o cariz do jogo alterou-se, porque o Benfica "tirou o pé do acelerador" e permitiu ao Estoril fazer o que mais gosta, ter posse de bola e geri-la no meio campo do adversário.
Basta dizer que à passagem da meia hora, o Estoril tinha 63 por cento de posse de bola, contra 37 do Benfica, mas a verdade é que nem por isso a equipa da linha mostrava capacidade para incomodar seriamente a baliza de Oblak.
Na verdade, faltava ao Estoril mais contundência no último terço do campo para dar expressão ao controlo que fazia da bola, por consentimento do Benfica, que passou a defender num bloco mais baixo, para tentar aproveitar a velocidade dos seus dois homens da frente e os espaços que o adversário deixava nas costas da sua defesa.
Na segunda parte, o Benfica sabia que tinha o "pássaro na mão" se não cometesse erros e o Estoril, sem nada a perder, tinha de se mostrar mais incisivo na última fase de construção, se quisesse marcar um golo e “voltar” ao jogo.
É verdade que o Estoril, com a entrada de Babanco ao intervalo, em troca por um médio de características mais defensivas, Gonçalo, e com a maior velocidade que imprimiu às suas ações ofensivas, obrigou a defesa do Benfica a estar mais concentrada para neutralizar os lances ofensivos do adversário, sem que este, todavia, tivesse criado uma flagrante oportunidade de golo.
Com o Benfica a gerir a vantagem de dois golos com relativa segurança, coube-lhe a melhor oportunidade de golo da segunda parte, quando Rodrigo meteu o "turbo" em direção à baliza de Vagner, passando por vários adversários para chutar com o pé direito contra o corpo do guarda-redes estorilista.
Houve um momento da partida, aos 79 minutos, que poderia ter causado alguma intranquilidade ao Benfica, quando Evandro, na sequência de um livre, levou a bola a embater no poste de Oblak, depois de desviada no corpo de Garay.
Este lance fez soar o alarme no banco do Benfica e Jorge Jesus não quis correr riscos, trocando Rodrigo por Rúben Amorim, para reforçar a capacidade do Benfica reter a bola e deixar escoar o tempo que faltava.
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