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Série A: Uma viagem do topo para a segunda linha da Europa

Há 20 anos, o Calcio era o melhor futebol do Mundo. A Liga Italiana dominava o futebol europeu e mundial. Contudo, hoje o cenário é muito diferente. Os campeonatos inglês e espanhol estão francamente à frente e o alemão também já será superior. Itália já não está entre os três grandes e este facto não deixa de causar alguma inquietação.

Série A: Uma viagem do topo para a segunda linha da Europa

A Juventus é a única equipa da Série A ainda nas provas europeias. A formação orientada por António Conte é a única das 20 que constituem o campeonato local que parece estar à altura da sua reputação. As equipas de Milão – AC Milan e Inter – são apenas medianas, tais como as de Roma – AS Roma e Lazio. Em Florença, em Parma ou em Nápoles também não moram grandes formações. Ora, todas as que aqui referimos eram incomparavelmente melhores nos anos 80 e/ou 90 do século passado.

Hoje, o Calcio é dominado por um gigante que, apesar dos muitos bons valores, tarda em triunfar na Liga dos Campeões, por exemplo. Apesar da inegável qualidade do seu atual plantel, bem como da sua equipa técnica, a verdade é que desde que Conte lidera a formação de Turim o melhor que conseguiu foi chegar aos quartos-de-final da Champions, no ano passado.

Esta temporada, os 'bianconeri' não passaram sequer da fase de grupos. Uma das explicações já avançadas por alguns poderá ser a falta de competitividade do respetivo campeonato nacional. Se, por si só, esta razão não poderá explicar tudo, também não é totalmente descabida, ou não fosse o futebol um jogo complexo, onde as inúmeras relações que as partes estabelecem entre si são absolutamente fundamentais para se perceber o todo.

Parece-nos que é ainda possível avançarmos com outros fatores capazes de ajudar na compreensão desta queda. Os constantes casos de corrupção assumidos e condenados, as infraestruturas desatualizadas, as bancadas vazias e a própria decadência de uma forma de estar muito particular de Itália também contribuíram – ou tiveram origem, já que a causalidade é matéria delicada – para este declínio.

Como não podia deixar de ser, o rumo que o país tomou repercutiu-se no seu futebol. Quem diria que apenas quatro temporadas depois de conquistar uma Liga dos Campeões, o Inter passaria das mãos da histórica família Moratti para o indonésio Erick Thohir?

Apesar de tudo, os nomes das grandes equipas italianas ainda gozam de grande reputação. Não obstante, estas estão no mesmo patamar das boas formações portuguesas ou francesas. Ou seja, numa segunda linha do futebol europeu. Eis mais um caso em que a perceção ultrapassa a realidade.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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