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Mundial-1950: Uruguai "silenciou" o Brasil e "bisou"

Duas décadas após a vitória na primeira edição, o Uruguai voltou ao Mundial de futebol em 1950 para protagonizar o “Maracanazo” e repetir o “bis” da Itália, com um “chocante” triunfo por 2-1 sobre o anfitrião Brasil.

Mundial-1950: Uruguai "silenciou" o Brasil e "bisou"

Na primeira e única edição sem final, a "canarinha" chegou ao último jogo apenas necessitada de um empate para chegar ao cetro, mas, depois de estar a ganhar, acabou derrotada (2-1), perante o desespero de 173.850 incrédulos espetadores, a maior assistência de sempre num jogo de um Mundial.

O dia 16 de julho de 1950 ficou para a história como o "Maracanazo", por culpa dos golos dos uruguaios Juan Albert Schiaffino (66 minutos) e Alcides Ghiggia (79), especialmente este último, que provocou um verdadeiro "silêncio de morte" no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.

Após muito tempo em festa, empurrada por duas estrondosas goleadas na ímpar "final four" que decidiu o título (7-1 à Suécia e 6-1 à Espanha) e pela vantagem adquirida no embate com o Uruguai (Friaça marcou aos 47 minutos), o Brasil, um país inteiro, acabou em lágrimas, vergado a um pesadelo difícil de digerir.

O primeiro campeonato do Mundo após II Grande Guerra, que inviabilizou as edições de 1942 e 1946, acabou com uma grande surpresa, para alegria dos uruguaios, que voltaram em "grande", após as ausências em 1934 e 1938.

Schiaffino, com três golos, e Ghiggia, autor de quatro, entraram para a galeria das "lendas" da história do Mundial, bem como Óscar Miguez, melhor marcador da equipa, com cinco, Ovdulio Varela e Victor Andrade, num conjunto comandado por Juan Lopez.

No percurso rumo ao título, o Uruguai começou por golear a Bolívia por 8-0, com um "hat-trick" de Miguez, conquistando, desde logo, um lugar entre as quatro seleções que discutiram o cetro, pois o seu grupo era apenas de duas seleções.

O Brasil, que na primeira fase tinha ganho ao México (4-0), empatado com Suíça (2-2) e batido a Jugoslávia (2-0), era o favorito, mas os uruguaios chegaram “vivos” ao último jogo, ao empatarem com a Espanha (2-2) e vencerem a Suécia (3-2).

Para chegar ao título, o Uruguai que só tinha assegurado o empate face aos espanhóis aos 73 minutos (golo de Varela) e o êxito face aos suecos aos 85 (Miguez), precisava, no entanto, de ganhar: a "missão impossível" cumprida por Schiaffino e Ghiggia.

Numa prova que foi um grande sucesso desportivo e financeiro e lançou o futebol numa nova era, um milhão e 337 mil pessoas estiveram presentes nos 22 jogos, disputados no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Recife.

A prova realizou-se entre 24 de junho e 16 de julho e teve moldes únicos: a primeira fase disputou-se em quatro grupos - dois de quatro seleções, um de três e um de dois -, com os vencedores a rumarem à fase final, jogada no sistema de "todos contra todos".

O Mundial de 1950 registou pior média de golos por encontro (4,0) do que os dois anteriores, mas um novo máximo em termos absolutos (88, contra os 84 de 1938), graças, sobretudo, à contribuição do brasileiro Ademir.

O ponta de lança - "conceito" novo introduzido pela seleção brasileira - marcou oito golos (dois ao México, um à Jugoslávia, quatro à Suécia e um à Espanha), em seis encontros, igualando o recorde do argentino Guillermo Stabile, em 1930.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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