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Euro-2004: Município atesta rentabilidade do Estádio Cidade de Coimbra

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, afirmou hoje que o estádio da cidade, construído no âmbito da organização em Portugal do Campeonato da Europa de futebol de 2004, é um investimento rentável e autossustentável.

Euro-2004: Município atesta rentabilidade do Estádio Cidade de Coimbra

“Este é um investimento socialmente e financeiramente rentável” e “autossustentável”, disse à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, cargo que também ocupava quando a autarquia decidiu candidatar-se ao Euro2004 e construir o recinto, no mesmo local onde já existia o Calhabé, mantendo a pista de atletismo.

O edil salientou que “as contas de uma infraestrutura coletiva, de natureza desportiva ou cultural, têm de incluir várias componentes de receita”, como bilheteira, publicidade e “receita social em geral”, numa equação que contempla também o “prestígio” que a cidade garante com o equipamento.

“Tudo isso são receitas. Não se pode confinar a análise de um investimento desta natureza apenas à bilheteira”, sublinhou, referindo o apoio que a estrutura representa, por exemplo, para a Académica, admitindo, contundo, que “há sempre coisas a aperfeiçoar e a rentabilizar”.

Para o autarca, o Estádio Cidade de Coimbra é a “verdadeira casa municipal do desporto”, muito por causa da sua localização, da “integração no meio urbano”, ao facto de reunir “várias modalidades desportivas” e, “obviamente, à rentabilização dos espaços sobrantes e envolventes, desde parqueamento automóvel a lojas comerciais”.

Com uma “taxa de utilização significativa”, o complexo desportivo possui também piscinas de “excelente qualidade” e um pavilhão “igualmente com ótimas condições para a prática desportiva”, destaca Manuel Machado.

O estádio tem sido, também, palco de concertos, um dos quais “danificou a pista de atletismo”, estando a decorrer o processo para a sua recuperação, pelo que a ambição do município é de lhe “dar um novo fôlego”.

O ECC “custou, na moeda de então, cerca de seis milhões de contos” (equivalentes a cerca de 30 milhões de euros), além de “investimentos complementares”, como piscinas e espaços comerciais e na área urbana envolvente do complexo.

“A Câmara recebeu compensações”, designadamente pela instalação no local de uma grande superfície comercial e pela cedência de área para habitação, contou com um apoio do Estado [equivalente ao IVA] e teve acesso a um empréstimo com juro bonificado, explicou Manuel Machado, salientando que “as contas têm de ser feitas por inteiro”.

Por isso, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra considera que o recinto foi “um investimento razoável, que está dentro dos parâmetros normais para este tipo de equipamento”.

“È falso que a Câmara se tenha endividado desmesuradamente, como foi dito por algumas pessoas”, assegurou o autarca, que liderou a edilidade de Coimbra entre 1989 e 2001 e foi reeleito de 2013.

Além de representar a “dinamização socioeconómica desta área” da cidade, o “palco” do Euro2004 resolveu o problema do “velho estádio do Calhabé, que tinha necessidade urgente de ser reabilitado”.

Com ou sem o Euro2004, a cidade tinha de investir no estádio e “aproveitou – e bem – essa oportunidade”.

“No caso de Coimbra não se aplica a crítica de se ter construído um equipamento que se veio a revelar desnecessário ou insustentável”, rematou o presidente da Câmara.

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