Mundial sub-20: Hélio Sousa quer jogadores a brilhar mas dentro do coletivo

“Há jogadores com bastante qualidade, tanto jogadores que estão aqui, como outros que ficaram fora, com compromisso enorme com o espaço que estão integrados. Isso leva-nos a que, em determinados momentos, a equipa estando forte e conquistando a vitória haja jogadores que vão aparecer mais, mas vão ter esse reconhecimento pelo que a equipa for capaz de fazer”, disse.

Em entrevista à agência Lusa, Hélio Sousa lembrou o caso de Nelson Oliveira no Mundial de sub-20 de 2011, que “foi importantíssimo nessa competição”, mas recorda que, no torneio da Colômbia, “o que sobressaiu foi uma equipa na verdadeira aceção da palavra”, conseguindo atingir a final.

No Europeu de sub-19, o ponta de lança André Silva foi elogiado pelos quatro golos apontados à Hungria, mas, para Hélio Sousa, “conseguiu-o por tudo o que a equipa conseguiu produzir nesse momento”.

“No jogo seguinte, a preponderância foi dada a outro jogador, mas emergiu sempre dentro de um coletivo forte e com objetivos comuns”, referiu, preferindo não salientar nenhum dos 21 jogadores convocados.

Sobre os três adversários na fase de grupos do Mundial, que decorre na Nova Zelândia de 30 de maio a 20 de junho, Hélio Sousa disse que “são equipas fortes, com o pensamento em conquistar o espaço competitivo a seguir na competição”.

“Temos dois vice-campeões, como nós, e um campeão. O Qatar venceu o [campeonato] asiático, a Colômbia fez segundo lugar no sul-americano e o Senegal foi o segundo classificado no campeonato africano. Só por si essas equipas alimentam o desejo, e acreditam nas suas capacidades, de estar na fase seguinte da competição. Isso certamente elevará a nossa dificuldade do que queremos conseguir, que é estar na fase seguinte da competição. Cada jogo nesta fase será disputado por nós como se de uma final se tratasse”, garantiu.

Questionado sobre os candidatos ao título mundial, Hélio Sousa salientou o facto de Portugal estar num lote de seleções, em que estão algumas “referências do mundo do futebol”, como o Brasil e a Argentina, recordando que no apuramento europeu “ficaram afastadas seleções de referência como a França [campeã do mundo], a Espanha, a Itália, a Holanda, reconhecidas em todo o mundo pela sua capacidade de formar jovens”.

“Tive oportunidade de observar alguns jogos, em especial do sul-americano e as equipas são muito fortes. A Argentina é uma equipa muito forte, o Brasil também tem jogadores com muito talento e com muita capacidade. As equipas africanas também são sempre equipas que gostamos de ver, pela sua capacidade, pela sua fantasia, pela forma como se entregam no jogo e também são equipas com muita tradição nestas competições. A Nigéria que está presente foi a campeã do Mundial de sub-17 há três anos. Já traz uma história, uma bagagem importantíssimas, o que leva à partida a ter algum favoritismo”, concluiu.

Portugal, que está integrado no Grupo C, estreia-se no domingo frente ao Senegal, em Hamilton, onde joga a 03 de junho com o Qatar, fechando a prestação na primeira fase frente à Colômbia, em Dunedin.