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Advogado de Michel Platini fala em «cinismo processual» da FIFA

O advogado de Michel Platini, Thibaud d’Alès, comentou hoje aquilo que considerou “cinismo processual” da justiça interna da FIFA, ao revelar que o seu cliente só poderá recorrer a partir de metade de janeiro de 2016.

Advogado de Michel Platini fala em «cinismo processual» da FIFA

O presidente da UEFA, Michel Platini, e o presidente demissionário da FIFA, Joseph Blatter, foram hoje suspensos durante oito anos de toda a atividade ligada ao futebol, numa decisão do Comité de Ética da FIFA.

“Temos de render homenagem aos juízes da FIFA, por serem verdadeiramente coerentes, nunca se desviaram do seu cinismo processual e jurídico, com o único objetivo de afetar Michel Platini na vontade de se candidatar à presidência da FIFA”, salientou à agência AFP o advogado.

Thibaud d’Alès explicou que, ao contrário do que tinha sido pedido pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) - que o caso voltasse para si antes das eleições da FIFA (a 26 de fevereiro) -, a FIFA adiantou que a argumentação da decisão de hoje só será transmitida a Platini em meados de janeiro.

“Mas o regulamento da FIFA proíbe que qualquer recurso seja apresentado antes de serem conhecidos os fundamentos da decisão”, explicou o advogado, adiantando que já estava à espera de uma manobra dilatória.

Situação que, ainda segundo o advogado, o levou a escrever a 16 de dezembro à justiça interna da FIFA, requerendo um recurso direto ao TAS.

“Se a preocupação da FIFA é verdadeiramente a ética, não posso imaginar por um único instante que não dê seguimento ao nosso pedido”, adiantou Thibaud d’Alès, que espera, assim, passar a um recurso direto em Lausana.

Para Michel Platini é uma corrida ‘contra o tempo’, com as candidaturas à presidência do organismo a terem de estar fechadas a 26 de janeiro, um mês antes do ato eleitoral.

Na base das suspensões está o facto de o comité ter considerado que o pagamento de uma verba de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros) feito pela FIFA a Platini, após autorização de Blatter, “não tem base legal no acordo que ambos fizeram em agosto de 1999”.

Blatter e Platini já estavam suspensos por 90 dias, devido a esta investigação, desde 08 de outubro, data em que o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, também foi suspenso, igualmente por implicação no escândalo de corrupção que atinge a instituição.

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