O futebolista internacional galês Gareth Bale deverá ter que ocupar uma vaga de extracomunitário no Real Madrid, na Liga espanhola, uma vez que seja efetiva a saída do Reino Unido da União Europeia, depois dos resultados do ‘Brexit’.
Com o resultado do referendo, que concede um prazo de dois anos até à saída da UE, são ainda muitas as incertezas quanto ao que poderá acontecer e estas estendem-se também ao mundo de desporto e, em particular, às ligas europeias.
No futebol, desde a sentença do ‘caso Bosman’, os jogadores comunitários deixaram de ocupar o lugar de ‘estrangeiros’ nas Ligas e a 15 de dezembro de 1995 o tribunal da União Europeia declarou ilegais as quotas para jogadores do espaço comum.
Uma decisão que abriu a porta a inúmeras transferências nas Ligas europeias, nas quais o limite de estrangeiros era de três jogadores por plantel.
Os futebolistas escoceses, galeses, ingleses e norte-irlandeses, dos países do Reino Unido, enfrentam agora a incerteza de qual será a sua condição nas ligas em que competem fora da Grã-Bretanha, mas o mesmo acontece para a ‘Premier League’.
A Liga inglesa, considerada uma das melhores do mundo, poderá ver afetada a chegada de jogadores do resto da Europa.
Ainda que as 55 federações membro da UEFA não sejam todas da União Europeia, Londres foi eleita a sede da final do próximo Europeu de futebol, em 2020, que será, de forma inédita, distribuido por 13 cidades europeias.
Outro aspeto que poderá ter alterações tem a ver com as contratações de jogadores jovens, que efetuam parte da sua formação em clubes ingleses, e tendo em conta, que segundo a FIFA só é permitido transferir menores (maiores de 16 anos) no espaço da UE.