Declarações no final do encontro Honduras-Portugal

Jorge Luis Pinto (selecionador das Honduras): "O futebol é decidido pelos golos, são eles que determinam os resultados e, como tal, perdemos, mas estou muito contente pelo que fez a equipa.

Vamos continuar a lutar. Temos o jogo com a Argentina e podemos passar.

Portugal é uma das grandes equipas da Europa. Falhámos no primeiro golo, deixando o jogador aparecer sozinho em frente à baliza e, no segundo, o jogador português foi oportuno, aproveitou o ressalto para marcar.

Na segunda parte, tivemos oportunidades para empatar, mas, infelizmente, não conseguimos.

Sabíamos que tínhamos de arriscar após o intervalo. Os nossos jogadores deixaram tudo em campo, estiveram bem em todos os aspetos, em termos de futebol, em termos táticos e também físicos.

Há desgaste físico, como é lógico, mas vamos recuperar a equipa e prepará-la para o confronto com a Argentina. Espero que possamos jogar como fizemos hoje e que possamos ganhar.

Acredito que podemos qualificar-nos. A Argentina tem bons jogadores, que temos de controlar, mas tenho muita confiança neste grupo de jogadores”

Rui Jorge (selecionador de Portugal): "Acredito que os jogadores tenham percebido que tinham de entrar concentrados, pois, 30 segundos é demasiado cedo para retirarmos a ilação de que entrámos mal. Foi um mau passe, mas, depois, é difícil defender aquela bola. Foi um bom cruzamento e uma finalização de qualidade. Podia ter acontecido em qualquer outra altura do jogo. Não senti que entrámos com excesso de confiança.

A partir desse golo, trememos um pouco, perdemos alguma confiança, mas conseguimos dar a volta e ganhar. Depois desta vitória, estou tão confiante como estava.

Em determinados momentos, tivemos de sofrer, mas isso é inevitável, já que eles colocaram muitos jogadores na frente. E, esse foi o nosso erro, já que devíamos ter sido mais fortes a aproveitar o balanceamento deles. É bom criar oportunidades, mas também é bom concretizá-las.

Se duas baixas para o jogo com a Argélia (Tobias Figueiredo e Sérgio Oliveira) condicionam? Nesta altura, não sabemos qual a importância do jogo. Se a Argentina vencer ou empatar, estamos qualificados. Não sabemos, agora, qual a necessidade. Nesta altura da época, ter apenas 19 jogadores é muito limitativo. Terei 14 jogadores de campo. Se fizer as três substituições, sobrará um. Acho que isto tem de ser revisto.

Vamos esquecer o que podemos apanhar do outro lado. O próximo jogo (quarta-feira, com a Argélia, em Belo Horizonte) é para vencer, independentemente de estarmos ou não apurados. Se estivermos apurados, poderemos fazer uma gestão diferente, mas não poderá ser muito grande”.

Luis Lopez (guarda-redes das Honduras): “O jogo correu-me muito bem, mas trocava a minha exibição pelos três pontos, que eram o nosso objetivo.

Quando se vem jogar contra Portugal, imagina-se muitas coisas, um rival que vai atacar por todos os lados. Sabíamos que ia ser complicado, mas trabalhámos bem.

Queria felicitar os meus companheiros, que deram tudo e jogaram muito bem. Merecíamos outro resultado, mas é futebol.

Temos que analisar o que fizemos hoje e retificar frente à Argentina, pois estamos muito perto de conseguir a qualificação para os quartos de final”.

Bruno Fernandes (jogador de Portugal): “Viemos para aqui com o objetivo de ganhar jogo a jogo. Conseguimos vencer o primeiro e o segundo e agora queremos ganhar o terceiro.

Entrámos a dormir, a perder. O golo foi culpa da equipa toda. Não podemos entrar no jogo da maneira que entrámos, mas o importante foi a forma como demos a volta. Com a união do grupo, conseguimos dar a volta. O golo uniu-nos ainda mais no sentido de chegarmos à vitória.

Foi importante a reação que tivemos. Mostrámos que somos um grupo forte, como tínhamos demonstrado no primeiro jogo.

Acho que todos aqui sabemos que estamos a fazer coisas muito importantes. Aquilo que está a ser ponto forte do nosso grupo, é a união, que tem exaltado cada um de nos, Acho que ainda ninguém fez um mau jogo.

A seleção ‘AA’? É normal que se fale muito disso nesta altura, mas são apenas opiniões. Neste momento, é difícil entrar na seleção principal. Temos um meio-campo com muitas escolhas. Nós estamos a mostrar que um dia somos candidatos, mas o mais importante, agora, é estarmos concentrados nos Jogos Olímpicos”.