A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) aprovou hoje novos estatutos que fomentam uma “maior transparência” no organismo, que tem sido assolado por vários escândalos de corrupção que abalaram a FIFA e o futebol mundial.
“Os novos estatutos constituem uma etapa decisiva dentro de um programa de reformas que vamos criar. A sua aprovação vai permitir-nos implementar as mudanças necessárias para construir uma nova CONMEBOL com os mais altos níveis de profissionalismo”, disse o presidente, Alejandro Dominguez.
Segundo a CONMEBOL, que reúne em congresso extraordinário em Lima, Peru, estes novos estatutos vão dar maior transparência à organização, que tem três dos seus antigos presidentes presos ou sob controlo judiciário na sequência de escândalos ligados com FIFA.
O uruguaio Eugenio Figueredo e os paraguaios Juan Angel Napout e Nicolas Leoz são os dirigentes em causa.
“A CONMEBOL quer proteger o futebol da corrupção e das más práticas do passado e construir uma nova governança que possa estimular o potencial do futebol sul-americano”, reforçou Dominguez, paraguaio de 44 anos.
Em agosto, o presidente revelou que ao assumir o cargo “não sabia a confusão” na qual estava mergulhada a gestão da CONMEBOL, considerando que o “caos encontrado excedida [a sua] imaginação”.
“Fizemos as mudanças necessárias, colocando as pessoas certas nos cargos-chave e promovendo uma auditoria interna. Desde 2011 que não havia contabilidade. No passado, a CONMEBOL defraudou o fisco paraguaio e a segurança social. Sinto-me orgulhoso, a Conmebol virou a página. O desafio era grande”, concluiu.