Cristiano Ronaldo alcançou hoje, pela sexta vez consecutiva, um lugar entre os três candidatos finais ao prémio de melhor jogador do ano da FIFA e aparece como favorito para receber o troféu em Zurique, na Suíça.
Em 2016, o avançado português conquistou a terceira Liga dos Campeões da carreira, a segunda com o Real Madrid, e mais importante (e inesperado) venceu o Campeonato da Europa com Portugal, algo inédito na história do futebol nacional.
Também a nível individual, Ronaldo manteve o ‘vício’ de bater recordes e pelo sexto ano consecutivo ultrapassou a marca dos 50 golos marcados ao serviço de clube e da seleção.
O madeirense parece ter apresentado mais argumentos para convencer capitães de seleção, selecionadores, público e painel de jornalistas a votarem em si e não nos dois outros finalistas, o argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, e o francês Antoine Grizmann, melhor marcador e vice-campeão no Euro2016 e finalista da Liga dos Campeões com o Atlético de Madrid. O vencedor será conhecido a 09 de janeiro.
O português foi pela quarta temporada seguida, quinta no ‘currículo’, o melhor marcador da ‘Champions’, tendo apontado 16, e entrou para a história do dérbi de Madrid entre Real-Atlético quando assinou um ‘hat-trick’ no Vicente Calderón e se tornou no jogador com mais tentos nesse duelo histórico (18).
Pela nona vez, Ronaldo está entre os três melhores futebolistas do ano, lugar que apenas falhou em 2010, e tudo indica que vai novamente poder levar o troféu para casa, repetindo o sucesso de 2008, 2013 e 2014.
Num duelo ‘intergaláctico’ que Ronaldo leva com Lionel Messi há praticamente uma década, o jogador formado no Sporting chega ao fim de 2016 com um título conquistado pela sua seleção, algo que o jogador argentino ainda não alcançou, apesar de já estado numa final do Campeonato do Mundo, em 2014, e em três finais da Copa América (2007, 2015 e 2016).
O primeiro grande momento de Ronaldo em 2016 aconteceu nos quartos de final da Liga dos Campeões, perante o Wolfsburgo, quando assinou um ‘hat trick’ no Santiago Bernabéu, na segunda mão (3-0), protagonizando a reviravolta na eliminatória, depois do desaire por 2-0 na Alemanha.
Com alguns problemas físicos no final da temporada, Ronaldo despediu-se do campeonato espanhol com 35 golos e dois ‘bis’ nas duas últimas jornadas, tendo apenas sido superado pelos 40 tentos do uruguaio Luis Suárez (FC Barcelona) e marcou o penalti decisivo na ‘Champions’.
Perante o Atlético Madrid, em Milão, o jogador de 31 anos marcou o penalti que garantiu a 11.ª dos ‘merengues’, no desempate que terminou em 5-3, após o 1-1 registado após tempo regulamentar e prolongamento.
No Euro2016, além da sua liderança como capitão, Ronaldo contribuiu com três golos para o sucesso de Portugal, incluindo um ‘bis’ perante a Hungria, que ‘salvou’ a seleção nacional da eliminação ainda durante a fase de grupos.
Nas meias-finais, perante o País de Gales (2-0), o avançado fez o primeiro golo com um fantástico cabeceamento entre os centrais rivais.
Uma lesão, que resultou de uma entrada muito dura de Payet ainda nos instantes iniciais, impediu Ronaldo que deixar a sua marca na final de Saint-Denis, acabando o jogador luso por ter de abandonar o relvado ainda antes do intervalo, em lágrimas.
Já nos últimos meses do ano, numa goleada sobre Andorra (6-0), ‘CR7’ alcançou pela primeira vez um ‘póquer’ (quatro golos num jogo) pela seleção lusa, igualando o feito Eusébio, Nuno Gomes e Pauleta, e superou (novamente) o lendário Alfredo Di Stéfano no Real Madrid, desta vez como melhor marcador de sempre dos dérbis entre ‘merengues’ e Atlético.
A 26 de novembro, Ronaldo marcou dois perante o Sporting Gijon e pela sexta vez seguida voltou a ultrapassar a fasquia da meia centena de golos num ano. Em 2011 fez 60, em 2012 fez 63, em 2013 fez 69, em 2014 fez 61, em 2015 fez 57 e em 2016 leva 51, ainda com alguns jogos por disputar.