Declarações dos treinadores de Estoril-Praia e Vitória de Setúbal, após o jogo da 30ª jornada da I Liga de futebol, em que os estorilistas venceram o Vitória de Setúbal por 3-0.
Pedro Emanuel (treinador do Estoril-Praia): "Tem a ver com a mentalidade com que os jogadores encaram o trabalho diário. O nível de qualidade eleva-se naturalmente e a aplicação tem sido notável. Esta vitória, pela forma como foi conseguida, só é possível com esta disposição mental. O resultado na segunda parte deu-nos o conforto do jogo. A vitória é justa, bem conseguida e bem trabalhada pelos jogadores. Orgulha-me que a mentalidade competitiva tenha subido.
[Sobre o objetivo concretizado dos 30 pontos] Matematicamente ainda não estamos completamente tranquilos, mas os 31 pontos dão, de facto, outra tranquilidade. Em termos mentais vai libertar-nos um pouco. Hoje foi um verdadeiro desafio à competência dos jogadores. Acho que poderemos esperar uma equipa com alegria de jogar.
[Sobre as contas da permanência na I Liga] A manutenção não está matematicamente assegurada, mas estamos mais confortáveis do que os adversários que estão atrás de nós."
José Couceiro (treinador do Vitória de Setúbal): "Estivemos mal, fizemos um mau jogo. Este foi dos jogos em que demos mais oportunidades ao adversário para transições, porque costumamos estar mais coesos e concentrados. Perdemos e temos de assumir essa responsabilidade. Tínhamos condições para fazer um jogo muito melhor. Já disse e continuo a dizer que não pode haver relaxamento. Apesar de o Vitória ter o seu principal objetivo praticamente garantido, e de estarmos numa fase de observação para o futuro, nada justifica certo tipo de erros.
[Sobre as ausências de Vasco Fernandes e Costinha] Não podemos justificar tudo com a ausência do Vasco e do Costinha. Têm sido dos jogadores mais utilizados no Vitória e são importantes para a equipa, mas isso era não ter em consideração os outros jogadores. Tivemos várias oportunidades para voltar ao jogo e não conseguimos marcar, aí descontrolámo-nos. Deveríamos ter tido mais concentração e, sabendo que o Estoril ia explorar claramente as transições, teríamos de ter tido posicionamentos diferentes.
O resultado é pesado pelo que as duas equipas fizeram. O Estoril foi eficaz nos momentos em que tinha de ser eficaz e nós facilitámos quando não podíamos ter facilitado. Basta ver o segundo e o terceiro golo.
[Sobre os objetivos do V. Setúbal até ao fim da época] A questão do sexto lugar nunca foi uma questão nossa. Para mim, é muito mais importante estar a preparar o futuro, para não ter de começar do zero. Há que dar tempo de jogo a alguns jogadores, há jogadores que precisam de ganhar andamento. Isso tem sido feito nos últimos jogos e vamos continuar a fazer. A motivação tem de ser fazer o nosso melhor. Em causa não está o grupo. Agora, obviamente, é comum as equipas chegarem a determinado momento em que a pressão competitiva já não existe. Temos de ter objetivos próprios e, por isso, fixei os 40 pontos. A equipa tem de ter essa postura sempre, pois só assim a equipa cresce. Caso contrário, não estaremos a fazer o melhor para a equipa continuar a crescer."
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