Rui Vitória: «Foi um jogo difícil contra uma boa equipa»

"Como nós prevíamos, foi um jogo difícil contra uma boa equipa. Sabíamos que vinham motivados para ficarem matematicamente resolvidos na Liga. São uma equipa de qualidade. Fizemos uma boa primeira parte, em que controlámos, fizemos o golo e podíamos ter feito o segundo, que estabilizaria e daria um resultado mais tranquilo. Depois, no início da segunda parte, não fomos nós. O golo do Estoril acorda-nos novamente. Foi uma vitória que conseguimos, fica arrumada e ficam a faltar três.

[Sobre a quebra da equipa na segunda parte] Muitas vezes não há uma razão aparente. Sabíamos o que tínhamos a fazer. Começámos a ter dificuldade na entrada da bola na zona central dos avançados do Estoril. Muitas vezes não são 90 minutos sempre em cima do adversário. Enquanto o jogo não acaba, o resultado fica em aberto. Foi um jogo bem disputado contra um grande adversário.

Eu nunca pensei outra coisa. Fui sempre o primeiro a dizer que isto ia ser [difícil] até ao final. Não se ganha porque se acha que se vai ganhar, ganha-se dentro de campo e com muita humildade. Estamos a preparar-nos para algo que é o tetra, que queremos, mas faltam três jornadas. Não é fácil alcançar e temos de ter esta capacidade para estarmos unidos. Sabemos que nestes jogos finais nenhum jogo é fácil.

[Sobre a atenção que vai dedicar ao jogo do rival FC Porto] Saio daqui e vou ter com a minha família. Preocupo-me muito com a minha equipa, o resultado dos outros não sou eu que vou mexer. Vou juntar-me à minha família, jantar e estar com eles.

[Sobre Jonas] Estamos a falar de um jogador que foi considerado o melhor das duas últimas épocas. Há jogadores importantes em todas as equipas. Tivemos mais dificuldades em ter este jogador, por causa de várias interrupções no seu processo. Isso tem influência, obviamente. Se tirar um jogador que tem uma média de golos como este jogador teve... O Jonas teve um processo irregular de trabalho e já tinha trabalhado bastante. Entendemos que devia ser assim. Sei o que os meus jogadores têm no seu processo de trabalho. Não acho que tenha sido um risco a sua substituição, ele estava a dar alguns sinais de limitações.

O Benfica tem de estar consciente das dificuldades que vai ter pela frente e que os campeonatos ganham-se dentro de campo e até ao limite. Depois, temos de ter esse controlo emocional e temos essa bagagem do ano anterior. Estamos há nove meses na liderança e um campeonato é feito destas coisas. É focar já no próximo jogo".