Crónica: Camarões empata com Austrália a uma bola na Taça das Confederações

Apesar da falta de pontaria de Aboubakar, os camaroneses ainda chegtaram à vantagem em cima do intervalo, depois do golo de Anguissa, aos 45+1, tendo os australianos igualado aos 60, por Milligan, na conversão de uma grande penalidade.

Com efeito, o ponta de lança camaronês esteve particularmente infeliz no capítulo da finalização, sobretudo na segunda parte, em que dispôs de quatro oportunidades soberanas de marcar e não concretizou nenhuma delas.

Os lances capitais aconteceram aos 56, 65, 77 e 84 minutos, todos eles congeminados no flanco direito, com cruzamentos para Aboubakar em plena área, com este a não conseguir acertar na direção da baliza, ainda que com diferentes graus de dificuldade de execução.

Se o avançado do FC Porto esteve particularmente infeliz na finalização, também é justo dizer que esteve muito bem na movimentação na frente de ataque, a pressionar e a desestabilizar a defesa australiana e a aparecer quase sempre no sítio certo para concluir as jogadas.

Não obstante, a Austrália acabou por justificar o empate pelo espírito combativo, pela forma como dividiu o jogo com os camaroneses, disputando-o ‘cara a cara’, com ousadia, e perdendo também duas boas chances de marcar em cada uma das partes por limitações técnicas de alguns dos seus jogadores.

O futebol agressivo e direto dos australianos e a sua capacidade de ganhar as segundas bolas causou problemas à organização defensiva dos camaroneses, que nunca encaixaram nesse tipo de futebol.

Os Camarões foram os primeiros a marcar, à beira do intervalo, por Zambo Anguissa, a aproveitar uma falha de marcação grosseira da defesa australiana, surpreendida com um lançamento longo para a área com o médio camaronês a antecipar-se ao central Degenek e ao guarda-redes Wright, tocando a bola por cima deste para o fundo das redes.

O empate australiano surgiu aos 60 minutos, na execução de um penálti por Mark Milligan, a castigar um derrube de Mabouka sobre Juric.