loading

Apito Dourado: Pinto da Costa nega almoços com Valentim e Pinto de Sousa

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, negou hoje no Tribunal de Gondomar os alegados repastos com Valentim Loureiro e Pinto de Sousa e Carolina Salgado.

Apito Dourado: Pinto da Costa nega almoços com Valentim e Pinto de Sousa

“Nem para combinar árbitros para os jogos do Gondomar nem para “apanhar o Bin Laden”, afirmou.

Pinto da Costa sustentou, a perguntas de João Medeiros, advogado do arguido Pinto de Sousa, que “se nunca existiram esses jantares, esses almoços e outros encontros com essas pessoas, fossem para combinar árbitros ou apanhar o Bin Laden”, também “é falso” que se tenham combinado árbitros para o Gondomar SC.

“Acho ridículo que o senhor major, que tinha uma relação privilegiada com o senhor Pinto de Sousa, precisasse de mim” para interceder pela nomeação de árbitros para o Gondomar SC, declarou Pinto da Costa, noutro ponto do seu curto depoimento.

O presidente do Futebol Clube do Porto salientou ainda que nunca viu qualquer jogo do Gondomar SC e que numa teve qualquer relação com o clube, ao qual o FC Porto nunca emprestou jogadores.

Como as declarações de Pinto da Costa são “completamente diversas” das proferidas pela testemunha Carolina Salgado, em 13 de Março, “havendo notórias contradições”, o Ministério Público (MP) pediu, “para cabal esclarecimento da situação”, que se proceda a uma acareação entre ambos.

A defesa de Pinto de Costa contrapôs que “tem as maiores reservas” quanto à utilidade dessa acareação, embora não se opusesse à sua realização.

O juiz-presidente Carneiro da Silva acabou por aceitar o pedido do MP, marcando a acareação para as 14:00 de 14 de Maio.

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, chegou ao Tribunal de Gondomar às 13:50, para depor no âmbito do processo “Apito Dourado”, sem prestar quaisquer declarações aos jornalistas, sendo de imediato conduzido à sala das testemunhas.

Depôs entre as 14:20 e as 14:25.

A presença do presidente do FC Porto foi requerida, a 13 de Março, por João Medeiros, advogado do arguido Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, na sequência das acusações que Carolina Salgado fez nesse mesmo dia perante o colectivo de juízes de Gondomar.

Pinto da Costa seria, segundo Carolina Salgado, o intermediário solicitado por Valentim Loureiro junto de Pinto de Sousa - o “Zé”, como era tratado - para que o Gondomar SC tivesse os árbitros pretendidos.

As conversas decorreriam, de acordo a ex-companheira de Pinto da Costa no restaurante Degrau Chá, na zona do Foco, um estabelecimento que pertence à família de Valentim Loureiro, um dos 24 arguidos no processo “Apito Dourado” de Gondomar.

O processo “Apito Dourado”, que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado há quatro anos com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.

No caso de Gondomar, 24 arguidos são suspeitos de integrarem um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o clube local na época 2003/2004, que aspirava a subir à II Liga profissional de futebol.

De acordo com o Ministério Público, Pinto de Sousa nomeava os árbitros a pedido de José Luís Oliveira (vice-presidente da Câmara de Gondomar, presidente da Direcção do Gondomar SC à data dos factos) e de Valentim Loureiro, que à data já era presidente da Câmara de Gondomar e ainda dirigia a Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?