Bruno Lage: «Não estivemos tão inspirados como no primeiro jogo»

«A minha expulsão foi por verificar - porque nós na Liga Europa temos um monitor junto ao banco - e foi visível que numa recarga há um jogador fora de jogo. Fiquei com essa ideia. Disse isso ao quarto árbitro e depois viro-me para o árbitro e, de uma forma tranquila - é verdade que dei uns passos mais acelerados para o quarto árbitro - mas no árbitro, de uma forma tranquila, fiz-lhe o sinal do videoárbitro, como estamos habituados a ter o videoárbitro em Portugal, e fiz apenas esse sinal. Se ele levou isso como ofensa para me expulsar... Há muitos outros treinadores que têm reações no banco e continuam no jogo. Infelizmente aconteceu a minha saída do jogo e a validação do golo.

Mas creio que, independentemente de não ter sido um jogo tão forte como na primeira mão, criámos as oportunidades suficientes no início da segunda parte para seguir em frente. Houve ocasiões do Rafa, do Seferovic e a bola do Salvio ao poste.

É uma eliminatória que termina empatada 4-4, mas que nos penaliza pelos golos sofridos em casa.

Até surgir o primeiro golo não há grandes oportunidades. É verdade que durante os primeiros 45 minutos a pressão não foi tão forte como estrategicamente estava preparado. Mas é de olhar para isso, fazer essa reflexão, e isso foi feito para a segunda parte, onde entrámos melhor e criámos oportunidades.

Tentámos ir atrás do nosso resultado, mas, infelizmente, não conseguimos.

O João [Félix] movimentou-se para a esquerda, mas o objetivo era manter-se entre linhas, ele e o Gedson, como esteve no último jogo. E na direita à procura da profundidade do Rafa. Não estivemos tão inspirados como no primeiro jogo. Não tivemos a profundidade necessária e isso afetou-nos na primeira parte».