Declarações do selecionador português após o jogo Portugal-Suécia (0-2), de atribuição dos sétimo e oitavo lugares da Algarve Cup em futebol feminino, disputado no Estádio Algarve, em Faro.
“Optámos por voltar a observar novas jogadoras, a experimentar. Sabíamos que íamos ter alguma dificuldade a ter bola, contra uma equipa fortíssima, e na primeira parte tivemos um trabalho defensivo muito positivo, com disponibilidade e um nível de organização alto.
Conseguimos fechar espaços, mas elas criaram algumas oportunidades, face ao seu volume ofensivo. Foi pena termos sofrido o golo nos descontos. Na segunda parte, conseguimos ter mais bola, jogar mais no meio-campo contrário e gerir o jogo de outra forma, criar-lhes mais dificuldades. Acho que a resposta delas nessa fase foi positiva.
Não saio satisfeito com o resultado, mas desde o primeiro dia que passámos às jogadoras que o mais importante era o processo. Se, num torneio de preparação, olharmos só para o resultado, não posso dizer que foi positivo.
Mas quem acompanhou, percebe que perdemos contra uma Itália forte, que marcou aos 90+3 de penálti; que com a Bélgica perdemos 0-1 e falhámos uma grande penalidade, entre outras situações; e que hoje demos uma resposta positiva na segunda parte contra uma equipa, sendo a terceira classificada do último Mundial, teve duas derrotas no torneio e hoje disputou o sétimo lugar connosco. Mas somos hoje mais equipa do que éramos quando entrámos no torneio.
[Jogar à porta fechada] É estranho. Mas percebo a medida. Fomos sentindo ao longo do torneio, pelo que a federação nos transmitia, que esta era uma possibilidade. As pessoas que tomaram essa decisão são pessoas do futebol que gostam de ver estádios cheios, mas a saúde está em primeiro lugar. Não gostando enquanto treinador e apaixonado pelo futebol, percebo a medida e respeito.”