Crónica: Marítimo quase garante permanência com vitória face ao Boavista

Joel Tagueu marcou o único golo, aos 28 minutos, permitindo que o Marítimo saia deste jogo com 37 pontos, 10 acima da linha de despromoção, e a quase poder festejar a manutenção, quando restam três jornadas para o fim. O Boavista mantém os 38 pontos e ocupa o nono posto.

O Marítimo dominou os primeiros minutos graças a uma posse de bola segura e, muitas vezes, bem dentro do meio-campo do Boavista, mas os 'axadrezados' aguentaram sem quaisquer problemas esse ascendente inicial do adversário e rapidamente equilibraram as coisas.

Aos sete minutos, os anfitriões ganharam um livre, que permitiu a Carraça usar o seu forte pontapé de meia-distância e assustar pela primeira vez o guarda-redes Amir.

A partir desse lance, o Boavista cresceu e a equipa de Daniel Ramos passou a ter mais bola, iniciativa e ações atacantes, criando perigo junto da área contrária.

O Boavista parecia ter o jogo na mão quando, aos 28 minutos, Milson descobriu Joel Tagueu livre entre os centrais Fabiano Leismann e Ricardo Costa e o avançado camaronês naturalizado brasileiro correu para baliza, ladeou Helton Leite e fez o golo.

O árbitro começou por invalidar o lance por indicação do seu auxiliar, que alegou posição irregular de Tagueu, mas o videoárbitro corrigiu a decisão e o Marítimo saltou para a frente do marcador.

A desvantagem abanou com o Boavista. Ricardo Costa e Fabiano Leismann viram o cartão amarelo aos 36 e 41 minutos e o central brasileiro complicou ainda mais a vida à sua equipa ao cometer outra falta quatro minutos depois e longe da sua baliza, o que lhe valeu o segundo amarelo e o consequente cartão vermelho.

Com mais um jogador, o Marítimo dominou a segunda parte e só não marcou outra vez porque Helton Leite esteve em grande evidência aos 49, 56 e 64 minutos, negando o golo a Milson, Zainadine e novamente Milson.

Os madeirenses geriram bem o jogo e a vantagem e o Boavista teve pouca bola e ainda menos capacidade de lutar de igual para igual com um adversário cada vez mais confiante. O melhor que o Boavista conseguiu neste período foi um pontapé de 'bicicleta' de Cassiano (63 minutos) e um remate bastante perigoso de Yusupha (71).

Os nervos tomaram então conta de alguns jogadores boavisteiros e, em consequência disso, Paulinho acabou por ver também o cartão vermelho e deixar a sua equipa reduzida a nove elementos nos descontos, com o árbitro Nuno Almeida a ser fortemente contestado pelo Boavista.

Depois de ter vencido o Benfica (2-0) e o Santa Clara, a equipa de José Gomes somou assim o seu terceiro triunfo consecutivo no campeonato.