O Leixões recebeu e bateu hoje o Farense, por 3-1, no fecho da ronda inaugural da II Liga portuguesa de futebol, e o segredo residiu na eficácia e no contra-ataque da equipa de Matosinhos.
Morim abriu o marcador logo aos 04 minutos, finalizando um bom cruzamento de João Amorim, Elvis Baldé empatou aos 15 após bater em velocidade o mesmo João Amorim, Sapara surpreendeu Rafael Defendi com um espetacular chapéu de longe, e Diogo Leitão fechou as contas aos 90+1.
Os leixonenses estiveram impedidos de inscrever jogadores pela FIFA, mas o problema já foi resolvido e isso permitiu ao técnico José Mota utilizar alguns dos reforços assegurados durante o defeso.
O Farense, que regressou esta época à II Liga, entrou melhor no jogo, mas isso durou pouco e sofreu cedo o primeiro, fruto de um contra-ataque rápido pelo lado direito, com João Amorim a cruzar e Morim a surgir de rompante e bater Rafael Defendi com um remate de primeira.
O contra-ataque leixonense iria ser um problema constante para o Farense, que, curiosamente, empatou através de uma transição também veloz. Rafael Defendi despachou a bola para o lado esquerdo e Elves Baldé foi mais rápido do que João Amorim e depois bateu Beunardeau.
Sapara desfez o empate com um golo soberbo. Sem qualquer oposição e no corredor central, o ala leixonense apercebeu-se do adiantamento do guarda-redes do Farense e bateu-o com um longo e vistoso chapéu.
O 2-1 surgiu numa altura em que o Farense tinha mais bola e iniciativa, mas sem causar problemas de maior à organização defensiva contrária, porque o seu futebol foi sempre muito pouco objetivo e mastigado.
A segunda parte foi menos intensa do que a primeira e o Farense continuou a ser previsível e incapaz de criar perigo, ao passo que o Leixões permaneceu coeso na defesa e de olho sempre no contra-ataque.
Wendel dispôs de uma boa ocasião de golo aos 50 minutos, mas tentou fintar Rafael Defendi em vez de rematar logo e a situação perdeu-se.
O lance serviu para confirmar a fragilidade defensiva do Farense ante o futebol rápido e vertical do Leixões, que ainda assim, aos 54 minutos, tremeu perante uma grande ameaça de Pedro Henrique.
A partir desse lance os treinadores das duas equipas procuraram refrescar as suas equipas e substituíram algumas peças que já apresentavam sinais de fadiga ou continuavam desinspiradas.
O 3-1 final nasceu de mais uma transição defesa-ataque rápida, já nos descontos, e de uma parceria entre suplentes utilizados. Jefferson Encada deixou-o para trás um oponente e cruzou atrasado para Diogo Leitão, que sentenciou o jogo e confirmou um triunfo que o Leixões fez por merecer pelo seu futebol pragmático.