Paulo Sérgio: «O golo é uma bola desviada no nosso atleta e não lhe chamaria um autogolo»

“Acho que aquilo que preparamos ao longo da semana na primeira parte estava a resultar em pleno, com jogo dividido e era esse o nosso propósito, conseguir competir com uma grande equipa como o FC Porto, tapando-lhe os caminhos e procurar sair perigosamente em transição.

Acho que a primeira parte foi muito boa e que fica marcada por um lance que dá o golo ao Porto, e que na nossa opinião não há qualquer falta.

Aquela falta mandou a nossa estratégia por água abaixo e parece-me que é um lance onde há contacto, mas não há nenhum gesto que dê punição para uma falta.

Esse lance desmontou a nossa estratégia que estava a ser conseguida, pois estávamos a complicar bastante a vida ao FC Porto.

A perdermos por 1-0 fomos obrigados a expor-nos e penso que foi funcionando bem, mas depois concedemos dois golos em que defendemos mal duas transições do Porto.

Não nos podemos dar ao luxo de estar a atacar uma equipa como o Porto num flanco e termos os dois laterais metidos no ataque. São coisas básicas e nós cometemos esse pecado na segunda parte e demos dois golos fáceis, o que desequilibrou por completo o jogo.

Nos últimos minutos também não gostei nada, porque começámos a fazer coisas que não é do nosso processo e que me desagradaram, porque os jogos são para levar até ao fim, independentemente do resultado.

Penso que o lance do primeiro golo marca o jogo, porque essa falta poderia ter-nos mantido no jogo mais tempo e depois não tivemos capacidade para inverter o resultado.

O golo é uma bola desviada no nosso atleta e não lhe chamaria um autogolo”.