Crónica: Sp. Braga 'mata borrego' de oito anos com o Benfica em casa em jogo 'louco'

Iuri Medeiros, de livre direto, fez o primeiro golo (28 minutos) e André Horta o segundo (59), mas no espaço de três minutos o Benfica empatou, por Darwin (de penálti, 74) e João Mário (77). O Sporting de Braga, contudo, ainda teve fôlego para fazer o terceiro, por Vítor Oliveira (79), concluindo cinco minutos frenéticos.

O Sporting de Braga não vencia em casa o Benfica, para o campeonato, há quase oito anos (2-1, 26 de outubro de 2014), então treinado por Sérgio Conceição.

A poucos dias (terça-feira) de receber o Liverpool na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, o Benfica perdeu ao fim de sete jornadas seguidas a pontuar e pode ver o Sporting aumentar o ‘fosso’ para o segundo lugar, sendo que os ‘leões’ recebem o Paços de Ferreira no domingo.

Já o Sporting de Braga, igualmente nos ‘quartos’, mas da Liga Europa, e que também recebe uma equipa britânica na primeira mão (quinta-feira), os escoceses do Rangers, deu sequência à vitória em Portimão e consolida o quarto lugar.

Os ‘arsenalistas’, que foram goleados na primeira volta, na Luz, por 6-1, era ainda Jorge Jesus o treinador dos ‘encarnados’, não ganharam para o ‘susto’, pois, depois de terem estado a vencer por 2-0, permitiram ao Benfica o empate num curto espaço de tempo, mas ainda tiveram ‘coração’ para vencer a partida.

Carlos Carvalhal fez quatro alterações em relação ao último ‘onze’, promovendo a titularidade de Paulo Oliveira, Fabiano, Rodrigo Gomes e Abel Ruiz, enquanto Nélson Veríssimo repetiu a equipa que iniciou o jogo com os estorilistas.

O Benfica entrou melhor e, aos 12 minutos, Yaremchuk pôs à prova Matheus, já de ângulo reduzido, após um passe de Rafa que ‘acelerou’ desde o meio do terreno depois de se libertar da marcação de Tormena.

A resposta bracarense surgiu por Iuri Medeiros (21), mas o remate saiu muito por cima, mas, no mesmo minuto, Yaremchuk não chegou por muito pouco a um cruzamento de Gilberto da direita.

Seria a equipa da casa a marcar, com o pé esquerdo de Iuri Medeiros, de livre direto, a rematar certeiro (28).

Uns apagados Everton e Gonçalo Ramos deram lugar, após o intervalo, a João Mário e Darwin, respetivamente e, no Sporting de Braga, Vítor Oliveira rendeu o ‘amarelado’ Abel Ruiz.

Yan Couto entrou para o lugar do Iuri Medeiros (aparentemente tocado) e, pouco depois, os irmãos Horta inventaram o segundo golo do Sporting de Braga: André descobriu Ricardo que, com um passe de magia, retribuiu a André – este ladeou Vlachodimos e atirou a contar (59).

Nélson Veríssimo reagiu de pronto e esgotou as substituições, lançando Diogo Gonçalves, Paulo Bernardo e Seferovic, este um regresso após lesão (65).

Seria ainda o Sporting de Braga a criar perigo, com Vítor Oliveira a romper pela área e a rematar rasteiro para defesa difícil de Vlachodimos (66).

O Benfica parecia sem grandes ideias, mas uma grande penalidade descortinada pelo VAR (mão de André Horta) e convertida por Darwin (21.º golo no campeonato) relançou o jogo (74), o que João Mário confirmou logo a seguir, após assistência do internacional uruguaio de cabeça (76).

Carlos Carvalhal refrescou de imediato a equipa com Castro e Moura (saíram André Horta e Rodrigo Gomes) e a resposta foi total: grande cruzamento de Al Musrati da esquerda, surgindo Vítor Oliveira nas costas da defesa ‘encarnada’, e de pé esquerdo a fazer o 3-2 para os bracarenses (79).

O Benfica tinha acreditado na reviravolta, mas o terceiro golo da equipa da casa tirou ânimo à turma de Nélson Veríssimo e redobrou o dos bracarenses que seguraram o triunfo.