O Benfica despediu-se hoje da Liga dos Campeões de futebol com um empate (3-3) em Liverpool, num encontro em que deixou boa imagem, valendo o triunfo dos ‘reds’ na primeira mão (3-1), no duelo dos quartos de final.
Perante um dos principais favoritos à conquista da ‘Champions’, o emblema lisboeta acabou por nunca ter reais possibilidades de seguir em frente, mas aproveitou o ‘adormecimento’ do seu rival na parte final da partida para fugir a nova derrota.
Com a desvantagem de 3-1 do jogo da Luz, em Anfield Road, o Benfica chegou ao intervalo empatado a uma bola, com Gonçalo Ramos, aos 32 minutos, a ‘anular’ o tento de Konaté, aos 21, mas a segunda parte acabou por confirmar o favoritismo dos ingleses, com um ‘bis’ do brasileiro Roberto Firmino (55 e 65).
Talvez a pensar na ‘luta’ com o Manchester City nas provas nacionais, tanto na Premier League como na Taça de Inglaterra, o Liverpool desligou a ‘ficha’ e o Benfica aproveitou para, pelo menos, fugir à derrota, com tentos do ucraniano Yaremchuk, aos 73 minutos, e de Darwin Núñez, aos 82.
Tal como na primeira mão, o avançado uruguaio voltou a ser o grande motor força do Benfica, com várias arrancadas na frente, sempre apontado à baliza adversária.
Desta vez, Darwin não teve a companhia de Rafa, ausente com problemas físicos, acabando o técnico Nélson Veríssimo por apostar em Diogo Gonçalves, naquela que foi a única alteração em relação ao ‘onze’ inicial da primeira mão.
Por seu lado, confiante com a vantagem de dois golos alcançada na Luz, o técnico do Liverpool, o alemão Jurgen Klopp, optou por poupar grande parte das suas principais figuras, como Salah, Mané ou Van Dijk, mas lançou o português Diogo Jota na partida, assim como o colombiano Luís Díaz (ex-FC Porto).
Nos instantes iniciais, Everton até protagonizou o primeiro momento de perigo da partida e para o Benfica, com um remate que passou muito perto da baliza do seu compatriota Alisson, mas o Liverpool logo depois ‘pegou’ na partida, com o Vlachodimos a começar a dar nas vistas.
O guardião teve duas saídas determinantes para evitar o golo da equipa da casa, mas, tal como na primeira mão, acabou traído pela sua defensiva num canto, com Kanoté, aos 21 minutos, a repetir o que já tinha feito na Luz.
Com o Liverpool tranquilo na partida, o Benfica foi sempre permitindo maior posse de bola ao seu adversário, mas com as atenções viradas para lances de contra-ataque ou lançamentos em velocidade para Darwin, Everton ou Gonçalo Ramos.
E, aos 32 minutos, o internacional sub-21 luso marcou mesmo, com um remate ‘fulminante’ à entrada da área, depois de um ressalto infeliz de Milner, que deixou o avançado do Benfica isolado perante Alisson.
Com este golo, Ramos, com 20 anos e 297 dias, passou a ser o segundo jogador mais novo do Benfica a ‘faturar’ na fase a eliminar da ‘Champions’, atrás de Nélson Oliveira, que com 20 anos e 211 dias marcou ao Zenit São Petersburgo, em 2012.
Ao intervalo, os lisboetas continuavam longe do apuramento, mas ainda com alguma esperança de alterar o cenário, acabando, por isso mesmo, Nélson Veríssimo por lançar o avançado ucraniano Yaremchuk para o lugar de Diogo Gonçalves, numa espécie de ‘tudo ou não’.
A aposta do técnico português acabou por sair ‘furada’ e o Liverpool selou definitivamente o apuramento com dois golos do brasileiro Firmino, pouco utilizado esta temporada.
Aos 55 minutos, com assistência de Diogo Jota, o internacional ‘canarinho’ aproveitou o desacerto primeiro de Vlachodimos e depois de Vertonghen para empurrar a bola para as redes ‘encarnadas’ e, aos 65, Firmino apareceu totalmente solto após um livre do grego Tsimikas.
Subitamente, o Benfica não só estava sem qualquer possibilidade de seguir em frente, mas também de sair da ‘Champions’ com uma goleada em Anfield Road, ainda mais com Klopp a lançar os ‘pesos pesados’ Salah, Mané, Fabinho e Thiago Alcântara.
Contudo, a formação lisboeta recuperou bem, reorganizou-se e até final chegou mesmo ao empate, com o Liverpool já a ‘meio gás’.
Em dois golos em que os jogadores fugiram com sucesso à armadilha do fora de jogo, Yaremchuk reduziu, aos 73 minutos, e Darwin Núñez refez a igualdade, aos 82.
Os minutos finais da partida até poderiam ter sido bem frenéticos para o Benfica, pois, na jogada seguinte, Alisson ‘puxou dos galões’ e fez uma grande defesa a um potente remate de Darwin, que deixaria os ‘encarnados’ muito perto de empatar a eliminatória.