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Crónica: ‘Herói’ improvável ‘acendeu’ a Luz sobre o título do FC Porto

Um golo de Zaidu, aos 90+4 minutos, consumou hoje a vitória do FC Porto sobre o Benfica (1-0) e a conquista do título de campeão de futebol pelos portistas, novamente no Estádio da Luz, na 33.ª jornada.

Crónica: ‘Herói’ improvável ‘acendeu’ a Luz sobre o título do FC Porto

O lateral esquerdo nigeriano, tantas vezes olhado como ‘patinho feio’ do conjunto orientado por Sérgio Conceição, deu o melhor seguimento a um contra-ataque dos portistas já em cima do apito final e ajudou a ‘arrancar’ a festa em pleno Estádio da Luz, tal como Freddy Guarín e Hulk tinham feito em 2011.

À penúltima ronda, o FC Porto ‘carimbou’ a conquista do 30.º título nacional e ainda alcançou o 100.º triunfo sobre o rival lisboeta, naquele que foi o 250.º ‘clássico’ entre as duas equipas, que permite aos ‘azuis e brancos’ chegarem aos 88 pontos, provisoriamente mais nove do que o Sporting, segundo colocado, que hoje joga em Portimão e que, com este resultado, já não tem qualquer possibilidade de igualar os ‘dragões’ no topo.

Com estes 88 pontos, o FC Porto iguala o recorde de pontuação na I Liga que ele próprio, em 2017/18, e o Benfica, em 2015/16, estabeleceram, sendo que o novo campeão nacional pode ainda impor um novo máximo, caso pontue na última ronda, com o Estoril Praia.

Já o Benfica, que somou o nono encontro seguido sem conseguir bater os portistas (sete derrotas e dois empates), está a consideráveis 17 pontos de distância do líder, podendo ainda ficar a 11 do segundo posto, caso os 'leões' vençam o Portimonense.

Se Nélson Veríssimo operou cinco alterações relativamente ao ‘onze’ benfiquista que jogou nos Barreiros, com as entradas de Gilberto, Grimaldo, Lázaro, Taarabt e Gonçalo Ramos para os lugares de André Almeida, Sandro Cruz, João Mário, Paulo Bernardo e Everton, o técnico do FC Porto, Sérgio Conceição, limitou-se a alterar uma ‘peça’, lançando o lateral direito João Mário em detrimento de Fábio Vieira.

Com esta mudança nos ‘dragões’, o extremo brasileiro Pepê, que vinha sendo titular naquela posição mais recuada, subiu no terreno, perante um adversário que se apresentou com os habituais laterais, Gilberto e Grimaldo, e ainda reforçou as alas com Lázaro e Gil Dias.

Apesar do ligeiro domínio do Benfica no arranque do encontro, a melhor ocasião de golo na primeira parte pertenceu ao FC Porto, quando Taremi surgiu na ‘cara’ de Vlachodimos, mas perdeu o duelo com o guardião grego, que logo de seguida foi obrigado a travar um remate – mais inofensivo – de Evanilson.

Quem esperava um ‘clássico’ repleto de intensidade e emoção, enganou-se redondamente, tal foi a falta de qualidade e discernimento das duas equipas, que pareciam quase sempre mais interessadas em alimentar ‘tricas’ e ver o tempo passar.

Para isso, contribuiu – e muito – a forma como o árbitro Luís Godinho foi conduzindo a partida, apitando a tudo e mais alguma coisa, e travando o ritmo, já de si baixo, de um encontro que terminou com 38 faltas assinaladas e 14 cartões amarelos mostrados.

Se no primeiro tempo Evanilson não fez mais do que obrigar Vlachodimos a ‘ir ao chão’, logo nos instantes iniciais da segunda parte conseguiu encontrar o ‘itinerário’ perfeito para o golo, só que o guardião benfiquista ‘voou’ para segurar o ‘nulo’.

A resposta das ‘águias’ surgiu pelo ‘suspeito do costume’, Darwin Núñez, que deu o melhor seguimento a um passe sublime de Otamendi, fez tudo bem dentro da área e bateu Diogo Costa, vendo a ‘festa’ ser anulada pelo videoárbitro (VAR), que descortinou dois centímetros (menos do que uma polegada) de infração na posição do uruguaio.

Com mais de meia hora para se jogar, o ‘clássico’ continuou muito ‘nervoso’, com constantes paragens, de tal forma que só na parte final foi possível vislumbrar alguns lances de perigo, primeiro com Vítor Ferreira a ficar perto de marcar e, depois, com Grimaldo a obrigar Diogo Costa a intervenção decisiva para evitar o tento ‘encarnado’.

O mesmo Grimaldo ainda tentou visar a baliza portista num livre, mas sem sucesso, e seria precisamente de um canto apontado pelo lateral espanhol que viria a nascer um golo, só que na baliza contrária: Pepe afastou a bola nas ‘alturas’, Pepê arrancou que nem uma ‘flecha’ na direção da baliza de Vlachodimos e assistiu Zaidu para o tento decisivo.

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