Entusiasmo pela permanência do Estrela da Amadora no Estádio José Gomes

A ‘Magia Tricolor’, o grupo organizado de adeptos do emblema amadorense, juntou-se para aplaudir o plantel na sua primeira sessão de treino no relvado, após ter recebido com felicidade a notícia de que o Estrela da Amadora irá permanecer no Estádio José Gomes, que sempre foi utilizado como sede do clube tricolor.

O plantel do Estrela da Amadora foi presenteado com pirotecnia, lançada no início e final da sessão, numa celebração que teve direito a distribuição de garrafas de champanhe pelas mais de 250 pessoas que ocuparam o topo sul do estádio, que foi aberto para todos aqueles que desejassem assistir ao primeiro treino do plantel amadorense.

Entre as mais de duas centenas e meia de adeptos do Estrela da Amadora encontrava-se Marco Fernandes, líder da claque ‘Magia Tricolor’ e um dos vice-presidentes do clube, que personificava a alegria da massa associativa amadorense por continuar a contar com a equipa da sua eleição na sua casa de sempre.

"O Estrela da Amadora decidiu, juntamente com a ‘Magia Tricolor’, ajudar nesta abertura de portas, que implica a entrada de pessoas e obrigatoriamente ter algumas águas para vender. Falaram comigo e respondi que era o que queríamos, ter um treino à porta aberta para cativar a nossa 'malta' depois de tantas notícias negativas em redor do estádio e de uma eventual ida para Leiria, todas aquelas notícias sobre despejos...," lembrou o adepto e simultaneamente dirigente do histórico clube da Amadora.

Para Marco Fernandes, o resultado final é motivo de orgulho para todos aqueles que acompanham o clube. "No final, o Estrela da Amadora comprou o estádio e aqui vamos ficar," regozijou-se o indefetível adepto do Estrela da Amadora.

Consumada que está a continuidade do clube 'tricolor' no Estádio José Gomes, Marco Fernandes e o grupo de adeptos que lidera apenas exige dedicação ao grupo de trabalho: "O que pedimos é entrega, porque podemos perder o jogo, mas queremos ver os jogadores a entregarem-se em campo, a dar tudo, e não sentimos isso da parte de alguns jogadores.

"Esperemos que este ano seja totalmente diferente. Já tivemos uma pequena conversa com os membros da estrutura do futebol profissional, que querem mudar alguns aspetos, e acho que vão a bom porto. Por isso, no dia de hoje, a um sábado às 09:30 da manhã, num treino com trinta e tal graus, mostrámos que somos capazes de pôr aqui mais de 250 pessoas no topo sul do José Gomes," assinalou, com visível determinação.

Marco Fernandes admitiu ainda que toda a falange de apoio respira de alívio por não se ver obrigada a deslocar-se até Leiria para apoiar o 'seu' Estrela. "Se calhar, num jogo em casa em que costumamos ter 200 e tal pessoas, ou 300, numa só bancada, teríamos essas 300 pessoas num estádio inteiro...”, notou.

"Claro que isso afetaria a equipa e toda a estrutura do Estrela da Amadora e ninguém quer esse cenário, tanto que não o queriam e assim fizeram para que o Estrela jogasse aqui e agora temos a certeza de que vamos jogar no Estádio José Gomes”, completou.

Entre os presentes na bancada encontrava-se também Diogo Pinto, figura da equipa na época transata, que assinou, entretanto, pelo Casa Pia, mas fez questão de não faltar ao regresso ao trabalho da agora ex-equipa, em breve também do seu irmão, Miguel Pinto, que se treina com a equipa principal e irá rumar à recém-criada formação de sub-23.

"O meu irmão fazia o que estou a fazer agora, vinha acompanhar os treinos e conhecia a nossa realidade. É lógico que fui mais uma ajuda para ele, disse-lhe como funcionava o clube, como era a estrutura e o seu projeto e dei-lhe esse feedback," revelou, grato pela oportunidade que o Estrela da Amadora lhe concedeu para se destacar e conquistar um lugar no primeiro escalão do futebol nacional.