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Crónica: Benfica coeso a defender e equilibrado impõe novo empate ao Paris Saint-Germain

O Benfica empatou hoje com o Paris Saint-Germain 1-1, num jogo 'morno' do grupo H da I Liga dos Campeões, no qual teve o mérito de ser uma equipa coesa a defender e sempre equilibrada.

Crónica: Benfica coeso a defender e equilibrado impõe novo empate ao Paris Saint-Germain

Os dois golos surgiram na sequência de dois erros defensivos, dos quais resultaram dois penáltis, que seriam convertidos por Kylian Mbappé e João Mário, aos 39 e 62 minutos, respetivamente.

O jogo foi 'morno', porque as duas equipas não meteram intensidade, ao contrário do que tinham feito há uma semana na Luz, em que protagonizaram uma partida digna da Liga dos Campeões, e acabaram por encaixar uma na outra, encaixe esse que só poderia ser desfeito por algum erro defensivo grosseiro ou pela inspiração individual de um jogador.

De resto, o ritmo só foi sacudido pelas acelerações de Kylian Mbappé, o único que parecia capaz, tendo em conta a ausência de Lionel Messi, de pôr em risco a coesão defensiva do Benfica, de tal modo que foi o culpado dos poucos sobressaltos que aquele teve ao longo do jogo.

Numa delas, aos 21 minutos, Otamendi foi crucial ao travá-lo em falta quando já ia embalado para a área 'encarnada', o que lhe valeu um amarelo, mas o golo acabou mesmo por surgir, não pela inspiração de uma individualidade, mas por um erro defensivo, no caso protagonizado pelo jovem central, António Silva.

A abordagem que fez ao lateral-esquerdo Juan Bernat, que surgiu isolado na área descaído para a esquerda, foi claramente deficiente, ao ir à 'queima' em vez de contemporizar, acabando por derrubar o jogador espanhol em plena área, causando o penálti que Mbappé cobrou com competência, pondo o Paris Saint-Germain (PSG) na frente do marcador à beira do intervalo.

O Benfica esteve muito bem organizado, compacto a defender num bloco médio e a sair pelo seguro para as ações ofensivas, privilegiando a posse de bola, o que lhe permitiu controlar o PSG, mas, ao mesmo tempo, faltou-lhe alguma verticalidade no seu jogo e acelerações capazes de desequilibrar a defesa parisiense.

Para esse equilíbrio foi importante a entrada do médio norueguês Aursnes, que rendeu no 'onze' o extremo David Neres, lesionado, a juntar-se a Florentino e Enzo Fernández, mas, por outro lado, a ausência de Neres tirou acutilância e profundidade ao flanco direito, espaço preenchido na maior parte das vezes por João Mário, que é mais um jogador de posse do que de aceleração.

Previa-se uma segunda parte com um cariz semelhante ao da primeira, mas o Benfica estava obrigado a fazer um golo, o que implicaria mudar a estrutura com que a equipa abordou o jogo e correr mais riscos, mas Roger Schimdt decidiu mantê-la, tendo em conta os riscos que isso acarretava, sabendo que Mbappé, com espaço, é letal.

A evolução do jogo acabou por lhe dar razão, porque, à passagem da hora de jogo, o PSG devolveu o ‘brinde’ de António Silva, por intermédio do médio italiano Verrati, que fez penálti sobre Rafa, ao pisá-lo na área numa intervenção desastrada.

João Mário aproveitou para converter de forma competente o penálti e restabelecer o empate, acentuando ainda a predisposição das duas equipas para poucas correrias e gestão da bola, exceção feita a Mbappé, que não sabe andar em campo sem ser de ‘mota’ e a exceder limites de velocidade.

Houve um ou dois lances em que a estrela francesa levou o pânico à defesa contrária, num deles chegou mesmo a introduzir a bola na baliza de Vlachodimos, mas estava em posição irregular, no entanto, o Benfica nunca abanou, nem mesmo quando Roger Schmidt começou a refrescar a equipa com as entradas de Gilberto, Rodrigo Pinho, Draxler e Diogo Gonçalves.

Com este empate, e com a derrota, pouco antes, da Juventus em Israel frente ao Maccabi Haifa por 2-0, os dois conjuntos estão cada vez mais próximos de assegurar a presença nos oitavos de final, à distância de um triunfo cada, com o PSG a liderar com oito pontos, os mesmos do Benfica, segundo, mas os franceses detêm melhor diferença de golos. No terceiro lugar, surge a Juventus, com três pontos, os mesmos do Maccabi, quarto.

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