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Todos os Campeonatos do Mundo têm o seu final. Com o encerramento do maior evento do futebol, conhecemos a seleção que ostentará uma nova estrela no peito - neste caso a Argentina contará com a terceira -, algumas estrelas despedem-se das competições por seleções, é o caso de Luka Modric, Luis Suárez, Karim Benzema e Eden Hazard, que oficializaram o adeus às equipas nacionais, e do outro lado da moeda estão os novos candidatos aos postos de estrelas.
Neste aspeto, Mbappé colocou-se no lugar mais alto após o incrível desempenho apresentado durante toda a competição, em especial, na final, onde marcou um hattrick. O feito da jovem estrela é apenas o segundo numa final de mundial, o primeiro a conseguir o feito foi o inglês Geoff Hurst, no mundial de 1966.
Além disso, ambos partilham algumas semelhanças, como a posição de avançado, a mística camisola número 10 e golos feitos em prolongamentos. A grande diferença está no resultado final: Hurst levantou a taça, Mbappé desta vez não conseguiu (ganhou em 2018). Não obstante, o inglês já deu os seus parabéns ao jogador francês pelo seu feito.
Como se não bastasse, Mbappé esteve próximo de se juntar ao também francês Just Fontaine no restrito grupo dos jogadores que fizeram um poker em Campeonatos do Mundo. Fontaine não teve piedade e marcou quatro vezes contra a Alemanha em 1958. Outros futebolistas no grupo do poker são Eusébio, o “Pantera Negra” marcou quatro tentos contra a Coreia do Norte em 1966, e o espanhol Emilio Butragueño deixou a sua marca quatro vezes contra a Dinamarca em 1986.
O termo “poker” é, então, só mais uma das nomenclaturas utilizadas no futebol com inspiração no jogo de cartas, que por sua parte teve imenso crescimento no ambiente digital e que se tornou numa modalidade extremamente popular. Nos relvados espanhóis, por exemplo, quando um jogador marca cinco golos, o ato é chamado de “repoker”, a jogada mais alta da modalidade. Apesar de Mbappé não ter conseguido um poker na final, o feito não é novidade na sua promissora carreira. Em 2021, a França marcou 8 golos sem resposta ao Cazaquistão, e metade dos golos foram de Mbappé, completando o seu primeiro poker pela seleção francesa.
Além de Mbappé, outros jovens futebolistas mostraram o seu valor neste Campeonato do Mundo. Em baixo listamos os que mais se destacaram.
Enzo Fernández - 21 anos (Argentina)
Este é um “velho” conhecido dos adeptos portugueses, afinal, joga pelo Benfica. Enzo chegou ao mundial como reserva na equipa de Lionel Scaloni. No entanto, após ter uma oportunidade como titular, não deixou mais o posto e ajudou a Albiceleste a conquistar o tricampeonato mundial.
O alto nível das exibições do médio despertou o interesse de quase todos os gigantes europeus. O nome do argentino já foi falado para o Barcelona, Real Madrid e Liverpool. O Benfica já avisou: só aceita começar a negociar com 120 milhões de euros na mesa. Quem sorri é o River Plate, que detém 25% dos direitos do atleta.
Dominik Livakovic - 27 anos (Croácia)
Pode não ser o mais jovem, porém, os feitos no mundial foram imensos. O guarda-redes defende o Dinamo Zagreb desde 2015, tem no seu currículo 5 títulos da liga nacional e 2 Taças da Croácia. Por incrível que possa parecer, o jogador nunca defendeu uma equipa fora do seu país.
No Qatar, o guarda-redes teve atuações destacadas, especialmente nas fases finais. Nos oitavos, contra o Japão, Livakovic fez boas defesas, e na disputa por penáltis parou três disparos japoneses para levar a sua equipa à próxima fase. Nos quartos de final, a Croácia enfrentou a equipa brasileira. Durante o tempo regular, o guarda-redes operou meia dúzia de milagres e, outra vez, nos penáltis, foi decisivo na defesa do penálti de Rodrygo.
Este desempenho destacado chamou a atenção de grandes clubes da Europa. Especula-se que o Manchester United, equipa em “eterna” reconstrução, teria um já antigo interesse em Livakovic para substituir o espanhol David De Gea.
Cody Gakpo - 23 anos (Países Baixos)
O avançado do PSV conseguiu um feito para poucos: marcou golos em todos os jogos da fase de grupos. O futebolista foi o motor da Laranja Mecânica e conseguiu ser o fator positivo de uma seleção que teve os seus altos e baixos.
Gakpo é um nome especulado no futebol inglês e pode render à equipa holandesa a maior venda da sua história. Novamente o Manchester United é o protagonista do rumor, os Red Devils devem oferecer à volta de 50 milhões para contar com os serviços da jovem promessa.
Além deles, outros nomes terminaram o Campeonato do Mundo em alta, é o caso de Azzedine Ounahi, médio marroquino que surpreendeu Luis Enrique, ex-selecionador espanhol, e Jude Bellingham, que há tempos brilha no Borussia Dortmund e que no mundial liderou o meio-campo inglês.
