Crónica: Gil ineficaz arranca empate 'amargo' perante Arouca consistente

Odday Dabbagh, aos 30 minutos, colocou a formação arouquense em vantagem, mas aos 37, Vítor Carvalho, relançou o jogo, resgatando o empate, e dando ânimo para uma segunda metade onde os 'galos' foram avassaladores nas oportunidades criadas, mas esbarraram no inspirado guarda-redes Arruabarrena, que foi um dos destaques da noite.

Com este desfecho, o Gil Vicente acaba a ronda no 15.º lugar, com 19 pontos, mantendo alguma folga para os lugares descida, enquanto o Arouca segue numa tranquila sétima posição, com 27.

Os minhotos sabiam da sua necessidade de pontuar e até protagonizaram uma entrada mais atrevida na partida, não precisando de mais de cinco minutos para criar a primeira grande oportunidade, pelo inevitável Fran Navarro, que, num desvio a um cruzamento de Fujimoto, permitiu a Arruabarrena a primeira grande defesa da noite.

O lance embalou os 'galos' para um ritmo intenso, com Murilo, pouco depois, a tentar a sorte de longe, num par de remates, sem a melhor direção, mas que servirem de claras ameaças para um visitante que tentava responder em contra-ataque, mas tinha pouca rotação.

A equipa da serra da Freita só conseguiu o seu primeiro momento de algum perigo aos 18 minutos, quando Morlaye Sylla assistiu Antony, com o brasileiro, em boa posição, a rematar ao lado da baliza gilista.

Apesar da execução do brasileiro não ter sido boa, a investida motivou o Arouca, que passou a rondar mais vezes a baliza local, com Sylla a ameaçar num remate de longe e Galovic, na sequência de um canto, a também levar perigo para Kritciuk.

O Gil Vicente começava a perder o fulgor inicial e, com algumas perdas de bola comprometedoras, foi-se colocando a jeito para que o Arouca, à meia hora, inaugurasse o marcador, num rápido contragolpe, desenhado por Sylla, que isolou Oday Dabbagh, com o palestiniano, de regresso ao 'onze', e ter frieza.

O tento arouquense fez soar os despertadores na equipa minhota, com uma reação pronta num remate de Ali Aliopur, que Arruabarrena teve de se aplicar para desviar para canto.

Na cobrança desse lance, aos 37 minutos, os galos resgataram o empate, numa cabeceamento em jeito de recarga de Vítor Carvalho, depois de uma primeira tentativa que Né Lopes, devolvida pela barra, fixando o 1-1 com que se chegou ao intervalo.

As duas equipas regressaram do descanso um pouco mais cautelosas, mas, aos poucos, foi o Gil Vicente a ganhar confiança com uma série de investidas, nomeadamente em cabeceamentos de Alipour e Navarro e num remate de Murilo, travados por grandes defesas de Arruabarrena, que se destacava com uma das figuras do jogo.

Os visitantes pareciam conformados com o empate e, sendo inoperantes nas tentativas de contra-ataque, concentravam as suas atenções para travar as sucessivas vagas de ataque dos gilistas, que pecavam na finalização.

Ainda assim, a equipa da casa tentou de todas as formas a reviravolta, mas o discernimento foi decaindo perante o avanço do cronómetro, fazendo o 1-1 prolongar-se até ao final.