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Sub-15 feminino: Árbitra respeitou o que “deve ser” formação ao concluir jogo sem público

Francisco Ribeiro, coordenador da formação do Brito, disse esta quarta feira que a árbitra Bárbara Domingues respeitou o que “deve ser” a formação no futebol, ao decidir concluir o jogo sub-15 feminino Brito-Valadares Gaia só após o público sair.

Sub-15 feminino: Árbitra respeitou o que “deve ser” formação ao concluir jogo sem público

Em declarações à Lusa, o responsável do clube de Guimarães adiantou que, a meio da segunda parte do jogo de sábado, por volta do minuto 60, a árbitra da Associação de Futebol de Viana do Castelo apercebeu-se de “um conflito verbal” na bancada entre adeptos das duas equipas e decidiu que só continuaria o jogo caso o público abandonasse as instalações”, postura que, a seu ver, se enquadra no que “deve ser” a formação no futebol.

“Houve, por parte da árbitra, alguma calma e coerência, porque estamos a falar de jogos da formação e está tudo de acordo com o que deve ser a formação e a orientação dos adeptos e das atletas para o futuro”, adiantou, a propósito do jogo relativo à Taça Nacional do escalão.

Responsável pela formação de um emblema que tem a equipa sénior feminina na III Divisão, Francisco Ribeiro “demarca-se das atitudes nas bancadas”, mas reconhece a posterior “sensatez” com que os espetadores acataram a decisão de Bárbara Domingues, evitando um “conflito que poderia ter sido ainda maior”.

“A segurança do Brito fez o necessário para que tal situação acontecesse. Os adeptos de ambas as equipas consentiram [sair do recinto]. Saíram de forma ordeira e sensata para o exterior das instalações. Quando saíram, a árbitra recomeçou o encontro”, acrescentou, a propósito de um jogo que terminou 3-0, a favor das gaienses.

Contactado pela Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, Luciano Gonçalves, vincou que a árbitra de Valença recusou apenas prosseguir o jogo enquanto o público permanecesse nas bancadas, ao invés de o obrigar a sair do recinto, decisão para a qual “não tem autoridade”.

“A árbitra não teve poder para nada. Apenas disse que se, efetivamente, não alterassem os comportamentos ou não saíssem, dava o jogo por terminado. Esse é um poder que a árbitra tem. Não existe nenhum problema técnico associado à decisão”, salienta o dirigente.

Luciano Gonçalves afirmou, porém, ter dúvidas quanto a uma tendência crescente de violência verbal ou física no futebol de formação, tendo lembrado que hoje é mais fácil denunciar tais casos do que no passado, face à evolução nas comunicações.

“Cada vez há mais jogos e cada vez existe uma maior comunicação no decorrer dos jogos. Qualquer pai tem hoje um telemóvel. O escrutínio é completamente diferente do que existia no passado. Hoje, é mais fácil denunciar qualquer situação que aconteça, seja ela positiva ou negativa. Antigamente, ou não se sabia destas situações ou não eram tão escrutinadas”, frisa.

Contactada pela Lusa, a árbitra Bárbara Domingues não prestou qualquer comentário sobre o episódio de sábado.

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