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Sérgio Vieira: "Se estivesse do outro lado, gostaria de ganhar de outra forma"

Declarações de Sérgio Vieira, treinador do Estrela da Amadora, após a derrota frente ao Benfica (0-2), em jogo a contar para a segunda jornada da I Liga, realizado no sábado no Estádio da Luz, em Lisboa.

Sérgio Vieira: "Se estivesse do outro lado, gostaria de ganhar de outra forma"
Instagram Sérgio Vieira

“Tiramos coisas muito positivas. O resultado é só consequência do que fazemos. O nosso jogador saiu lesionado pelo jogador do Benfica e, na segunda lesão, ficámos condicionados. Perdemos algum rigor, que nos impediu de lutar até ao fim pelos três pontos.

Queríamos competir de forma igual com o Benfica. Queríamos ter bola, pressionar alto e defender muito bem. Os remates do Benfica foram todos controlados, com boas defesas do Bruno Brígido, mas de longe. A oportunidade do Arthur Cabral surge depois de um remate do Ronald em contra-ataque.

Nos outros momentos, não conseguimos ter mais bola, por responsabilidade própria também. Estrategicamente, estivemos um pouco aquém do que queríamos, mas sentimos que houve momentos que nos deixam orgulhosos. Mesmo com menos um, porque o Mansur esteve ali por andar e foi um guerreiro, controlámos o Benfica com bola. A perder, fomos à procura do resultado, tivemos bola em alguns momentos e isso deixa-me orgulhoso a nível individual e coletivo.

No ano passado, estivemos a treinar em sintéticos, a fazer quilómetros na região de Lisboa, superámos obstáculos e, este ano, estamos a dar continuidade a essas dificuldades. É diferente treinar neste tipo de relvados e os meus jogadores não treinam. O nosso presidente tem feito um trabalho fundamental, é determinante para a reestruturação, mas as condições de treino são precárias.

Com as mesmas condições do Benfica, na primeira parte íamos ter mais bola e melhores oportunidades, só que falharam passes e combinações e isso tem uma explicação. A atitude foi excelente, os momentos de perigo do Benfica foram momentos de transição em espaços que descobriu quando subimos para pressionar. O mérito cabe sempre a quem ganha. Se estivesse do outro lado, gostaria de ganhar de outra forma, de forma mais convincente, sem deixar respirar o adversário. Não foi o que aconteceu.

Não nos queremos comportar como uma equipa pequena. Quando o futebol português estiver preparado para ter competitividade entre todas as equipas, acho que quem fica a ganhar é o futebol e os adeptos. Consequentemente, o valor das equipas portuguesas aumenta, até nas competições europeias. Ainda agora tivemos uma grande prestação, que reflete o valor em Portugal…

As circunstâncias em que nos preparamos são inegáveis. Um piloto de aviões não pode treinar em avionetas ou brincar aos drones. Isto é algo que acontece e é real. Se queremos melhorar a qualidade das equipas mais pequenas e médias, para que o espetáculo seja melhor, as próprias instituições que regulam o futebol em Portugal têm de olhar para isso também. Se queremos que não sejam só os três ou quatro ‘Grandes’ a ter desempenhos na Europa, temos de olhar para as restantes equipas e tentar entender. Tem de haver uma preparação maior.”

Confira aqui tudo sobre a competição.

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