Após a derrota no dérbi do Sporting frente ao Benfica por duas bolas a uma, Samuel Almeida, antigo dirigente dos leões, comentou o desempenho da equipa de Rúben Amorim, destacando a fluidez e rigor tático dos verdes e brancos, apesar do resultado desfavorável.
"Foi um Sporting com bastante fluidez e rigor tático, e que concedeu poucas oportunidades ao Benfica. Aliás, é por isso mesmo que a derrota se torna particularmente dolorosa."
Almeida apontou um possível "excesso de ambição" por parte do treinador Rúben Amorim, sugerindo que a estratégia agressiva pode ter contribuído para a derrota. No entanto, ressaltou a falta de culpados, reconhecendo a qualidade do desempenho do Sporting.
"Diria que um dos aspetos que poderá ter contribuído para isso, foi, provavelmente, o nosso treinador, por quem eu tenho enorme apreço… talvez o Rúben Amorim possa ter pecado por algum excesso de, não diria de entusiasmo, mas excesso de ambição”, disse o advogado e antigo dirigente dos leões, em declarações ao site 'Leonino', afeto ao emblema de Alvalade.
A expulsão de Gonçalo Inácio foi identificada como um momento chave no jogo, alterando o seu curso e contribuindo para a reviravolta do Benfica nos descontos.
"Há um momento que marca e transforma o jogo, que é a expulsão do Gonçalo Inácio. Diria que os dois grandes momentos para mim são, em termos de mudança, obviamente, a expulsão, e o golo do empate, porque já acontece nos descontos", defendeu Samuel Almeida.
Almeida expressou ainda desagrado com a dualidade de critérios do árbitro Soares Dias, mas não atribuiu a derrota diretamente à arbitragem.
"Não, não há nenhum culpado no jogo. Julgo que, mais uma vez, a arbitragem de Soares Dias é relativamente hábil. Houve dualidade de critérios nos lances principais do jogo, decidiu genericamente bem, mas não é ele responsável pela nossa derrota", acrescentou.
Apesar de considerar que o resultado não refletiu a justiça do desempenho das equipas, Almeida admitiu que 'algumas opções de Rúben Amorim, nomeadamente nas substituições, podem ter favorecido o Benfica nos minutos finais'.
De resto, as opção do técnico leonino na gestão do jogo da Luz a partir do banco levaram Gaspar Ramos, ex-vice-presidente do Benfica e antigo responsável pela pasta do futebol na Luz, a vincar uma substituição de Amorim que mexeu com o jogo para o lado dos encarnados.
"Justificou-se pelos últimos minutos. O Sporting também nos deu uma certa vantagem ao tirar um médio e meter um avançado, deixando-o mais fragilizado. Soubemos aproveitar", reconheceu o antigo dirigente do atual campeão nacional, em declarações ao jornal 'Record'.