"Os prémios que foram pagos dão para fazer uma campanha à vontade"

"Agora confia a uma agência de comunicação de Lisboa a sua campanha?", questionou Diamantino Miranda.

As eleições na Invicta destacam-se como um ponto de viragem para o clube, instigando debates sobre o caminho que o FC Porto deve trilhar nos próximos anos.

A liderança, tanto desportiva como administrativa, influenciará significativamente a trajetória dos azuis e brancos no panorama do futebol nacional e internacional.

Neste cenário político desportivo, a contenda pela liderança ganhou uma nova dimensão com a confirmação da recandidatura de Jorge Nuno Pinto da Costa.

O atual presidente dos dragões, figura incontestável há mais de quatro décadas nos corredores do Dragão, coloca-se mais uma vez na linha de frente, competindo contra André Villas-Boas e Nuno Lobo pelo voto dos associados e, consequentemente, pelo leme dos destinos azuis e brancos.

A campanha eleitoral, como é natural, revela-se uma oportunidade para os candidatos apresentarem as suas visões e estratégias para o futuro do FC Porto.

"Mete-me um bocadinho de confusão porque teve de recorrer a Lisboa para fazer a campanha"

Contudo, a escolha de Pinto da Costa ao designar uma agência de comunicação de Lisboa para conduzir a sua campanha tem gerado alguma controvérsia e suscitado questões pertinentes sobre a coesão da estratégia adotada pelo atual líder máximo dos dragões.

Diamantino Miranda, ex-jogador e agora comentador, expressou recentemente a sua perplexidade perante esta escolha aparentemente contraditória.

Num contexto em que Pinto da Costa já manifestou desagrado em relação à capital portuguesa, a opção por uma agência de Lisboa parece destoar das narrativas passadas do presidente do FC Porto e, neste contexto, o antigo jogador questiona ainda o dinheiro despendido pelo atual presidente na sua campanha eleitoral.

"O dinheiro que Pinto da Costa está a gastar, a mim, mete-me um bocadinho de confusão porque teve de recorrer a Lisboa, a uma agência de comunicação de Lisboa para fazer a campanha. Não bate a bota com a perdigota", começou por observar Miranda.

"Estamos a falar de Lisboa, Lisboa. Inimigos de Lisboa. E agora confia a uma agência de comunicação de Lisboa a sua campanha?", perguntou o antigo jogador português, em declarações na CMTV, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

"Quando Pinto da Costa fala de Lisboa é tudo tanga"

Miranda sublinhou ainda a habitual postura de Pinto da Costa em relação à capital, considerando esta escolha 'incongruente'.

No entanto, o agora comentador desportivo admitiu a possibilidade de ser uma questão específica que incomoda Pinto da Costa ao longo dos anos, referindo, com alguma ironia, que o problema parece ser 'só na Segunda Circular'.

"Quando Pinto da Costa fala de Lisboa é tudo tanga. É só na Segunda Circular", rematou Diamantino Miranda, numa clara alusão aos alegados ‘inimigos’ na capital do país de Pinto da Costa.

Recorde-se, que recentemente, Pinto da Costa, ao lançar oficialmente a sua recandidatura no Coliseu do Porto, criticou a comunicação social, especialmente as televisões lisboetas, reforçando a ideia de que se sente alvo de hostilidade por parte destas entidades.

De acordo com informações do suplemento Mais Sport do jornal Record, Pinto da Costa planeia investir cerca de 200 mil euros na sua campanha eleitoral.

Este investimento será confrontado com a concorrência de André Villas-Boas, antigo treinador do FC Porto que conduziu a equipa azul e branca a sucessos notáveis, e Nuno Lobo, antigo dirigente do clube da Invicta.

O clima eleitoral no FC Porto aquece, e os próximos meses prometem ser decisivos para o futuro do clube. As eleições, previstas para abril de 2024, serão o palco onde os associados tomarão a decisão sobre quem liderará o destino do Dragão nos próximos anos.