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"Era vice de quem? Não me lembro de ninguém do Benfica meter dois mil na conta de um árbitro"

A recente condenação de César Boaventura, antigo empresário do futebol, por tentativa de corrupção ativa, desencadeou uma onda de debates sobre a integridade no desporto.

"Era vice de quem? Não me lembro de ninguém do Benfica meter dois mil na conta de um árbitro"
Benfica

"Era vice-presidente de um clube, vai meter dois mil euros na conta de um árbitro auxiliar, ou árbitro, não interessa"

No centro das discussões, estão as declarações de Paulo Andrade, ex-dirigente do Sporting, e Diamantino Miranda, antigo capitão do Benfica, que desafiaram as autoridades desportivas a examinar não apenas este caso, mas todos os que envolvem outros emblemas portugueses.

Paulo Andrade instou as instâncias desportivas a investigar não apenas o caso Boaventura, mas todas as alegações que envolvem o Benfica.

Para o ex-dirigente do Sporting, é imperativo uma análise global para garantir transparência e imparcialidade. A sua chamada à ação reflete a preocupação com a integridade do desporto e a necessidade de uma resposta abrangente às alegações de corrupção.

"Aí, o Sporting não tem rigorosamente nada que ver. Mas do César Boaventura aí já há convicção"

Por sua vez, Diamantino Miranda, antigo capitão das águias, ecoou o apelo do ex-dirigente dos leões, desafiando a justiça desportiva a investigar "todos" os casos que possam envolver diversos clubes.

Referindo-se a episódios passados, como o "Cashball" e o caso dos "envelopes", Miranda sublinhou a importância de uma investigação completa para restaurar a confiança no desporto rei em Portugal.

"A todos. Ao Cashball, aos envelopes. Investiguem todas", começou por dizer o agora comentador desportivo, em declarações na CMTV, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

Diamantino Miranda também trouxe à tona o caso que envolve Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice-presidente do Sporting, que alegadamente depositou dinheiro na conta de um árbitro auxiliar.

Ao fazer esta comparação, o antigo jogador do Benfica destaca a necessidade de consistência nas investigações e de evitar qualquer tipo de favorecimento ou proteção a certos clubes.

"Não me lembro de ninguém do Benfica ter metido dois mil euros na conta de um árbitro ou de um fiscal de linha, um árbitro auxiliar", frisou Miranda.

"Ele era vice-presidente de quem? Do Freixo de Espada à Cinta ou do Sporting?", questionou o agora comentador.

"Aí, o Sporting não tem rigorosamente nada que ver. Mas do César Boaventura aí já há convicção que foi mandado por alguém. Não consigo perceber", rematou Diamantino Miranda.

Advogado de Boaventura promete recorrer da sentença

Após a condenação em primeira instância, o advogado de César Boaventura anunciou a intenção de recorrer da decisão, levantando questões sobre a credibilidade dos depoimentos apresentados durante o processo.

A contradição entre as testemunhas destaca a complexidade do caso e sublinha a necessidade de uma análise cuidadosa e imparcial.

"Há uma coisa indiscutível, as três testemunhas que vieram prestar depoimento fizeram-no de forma contraditória", começou por referir, aos jornalistas, o representante legal de Boaventura.

"A questão que se pode colocar é se essas contradições são, ou não, suficientes para por em causa a credibilidade desses depoimentos", acrescentou ainda o advogado.

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