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"O tal melhor plantel com adaptados não pode chegar aos objetivos"

A situação no Benfica, sob o comando de Roger Schmidt, está longe de ser tranquila, uma vez que o futebol apresentado pela equipa encarnada tem dececionado os adeptos benfiquistas e gerado um clima de incerteza em relação ao futuro do treinador alemão no clube.

"O tal melhor plantel com adaptados não pode chegar aos objetivos"
SL Benfica

"A época do Benfica fica marcada pela má construção do seu plantel", criticou Toni.

Após ser inicialmente elogiado pela dinâmica que trouxe à equipa encarnada, Schmidt enfrenta agora críticas devido aos resultados irregulares e à falta de consistência nas atuações da equipa campeã nacional.

O descontentamento dos adeptos é evidente nas redes sociais, nas discussões nos programas desportivos e também nas manifestações durante os jogos.

O onze titular das águias tem sido alvo de alta rotatividade, o que tem sido interpretado como falta de estabilidade e coerência na abordagem estratégica de Roger Schmidt.

As escolhas do treinador alemão têm sido amplamente debatidas e questionadas, especialmente após algumas derrotas e exibições abaixo do esperado.

"O tal melhor plantel. É mentira"

Neste contexto de críticas, surge a voz de Toni, figura histórica e muito respeitada na família benfiquistas, conhecida pela sua ligação profunda ao clube e pela sua perspicácia no desporto rei.

Toni, que recentemente recebeu o Prémio Carreira na gala dos 120 anos do Benfica, não poupou críticas à gestão do plantel por parte de Schmidt e, em declarações recentes no Canal 11, destacou que considera "uma mentira" dizer que o Benfica possui o melhor plantel em termos individuais, discordando assim da visão de Schmidt.

"Não tem, para mim", começou por afirmar Toni, em declarações no Canal 11, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

O antigo treinador e jogador benfiquista aponta exemplos concretos para sustentar a sua opinião, tendo criticado a contratação de David Jurásek, um investimento significativo que acabou por não se traduzir num contributo efetivo para a equipa principal.

"A época do Benfica fica marcada pela má construção do seu plantel. Tenho um facto que tem que ver com o Jurásek. O Jurásek vem para o Benfica, sei que veio pela vontade do treinador", observou Toni.

"Portanto, passado um mês e meio aquele jogador que eu (Schmidt) quis e pelo qual obrigo o clube a fazer um investimento na transferência mais os ordenados, que atira para 20 milhões, e voto o empréstimo dele para um clube", acrescentou.

Toni questiona a coerência entre as contratações e a ideia de jogo proposta pelo técnico alemão, mencionando jogadores como Benjamín Rollheiser e Prestianni, que não têm tido oportunidades consistentes na equipa principal.

"Eu defino o perfil e vou buscar para essa ideia de jogo. E penso que isso não aconteceu no Benfica", criticou o antigo jogador e técnico das águias.

"Chegou em janeiro (Rollheiser) mas não tem contado para aquilo que era o objetivo do Benfica. Não entra. Prestianni joga na equipa B. O Carreras é outra coisa que eu não entendo", lamentou.

A crítica de Toni estendeu-se à falta de opções em certas posições, como laterais, evidenciada pela utilização de jogadores fora da sua posição natural.

"A equipa B serve para quê? É um espaço de avaliação e de evolução de jogadores. Caso contrário, o investimento que se faz na equipa B não faz sentido", frisou Toni.

"Posso passar para o lateral direito. Só tens um lateral direito, que é o Bah. Não posso partir para as provas em que o Benfica se envolve com laterais esquerdos adaptados. Não há. Não pode ser. Não é possível. O tal melhor plantel com laterais adaptados não pode chegar aos objetivos que queres", criticou o agora comentador desportivo.

O recentemente galardoado apontou ainda falhas estratégicas, como o lance que resultou no primeiro golo do Sporting em Alvalade, criticando a abordagem da equipa nesse lance específico.

"A bola a teu favor e a bola de saída aos 50 segundos dá golo? O sinal que tens que dar, é estratégia de jogo, bola nossa, tau, o primeiro sinal é colocar no lado oposto. Bola para trás? Eles pressionaram, dominas mal e aos 50 segundo estás a perder 1-0. É esse sinal que deveria ser dado em colocar a bola para a frente", rematou Toni.

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