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FC Porto condena apedrejamento à comitiva do Benfica

O FC Porto condenou hoje o apedrejamento da comitiva do Benfica, segunda-feira, na autoestrada A41, mas teceu fortes críticas ao ministro da Administração Interna por ausência de atuação em situação idêntica envolvendo Pinto da Costa.

“Por causa de mais um caso em que o futebol português é, infelizmente, pródigo, o carro de um dirigente foi atingido por pedras lançadas não se sabe por quem”, refere a nota no sítio dos “dragões”, que considera a situação “lamentável”.

De acordo com o FC Porto, o que aconteceu é “condenável, desta vez e de todas as outras em que aconteceu, mas não mais desta vez do que noutras”.

“Todos nós condenamos a violência”, prossegue o comunicado portista, onde também se lê: “No FC Porto, condenamos todo o tipo de violência e não aceitamos que outros gostem de se colocar em bicos de pé, como paladinos pela paz”.

A nota rejeita, porém, responsabilidades do clube: “Também jamais aceitaremos que sistematicamente se procure associar o nome do FC Porto e dos seus adeptos a qualquer tipo de incidentes”.

Numa reação ao incidente, e em declarações à TVI, na tarde de hoje, o ministro da Administração Interna anunciou que o Governo irá “apostar muito na prevenção e investigação criminal para detetar e trazer à justiça os responsáveis por estes atos gravíssimos”.

A menos de duas semanas de mais um Benfica-FC Porto, Rui Pereira avisou: “Vai haver um grau zero de tolerância em relação a estes atos de violência, provenham de quem provierem”.

O FC Porto considera que “para o ministro Rui Pereira e para toda a gente que parece não o querer entender, os adeptos do FC Porto são cidadãos como outros quaisquer, nem melhor nem pior do que qualquer outro português”.

“Apesar de tudo, o FC Porto saúda Rui Pereira, que, menos de 12 horas depois do incidente, já o estava a condenar publicamente e a anunciar ser implacável neste tipo de situações”, sublinha a nota.

Os “dragões” lamentam, porém, que não tenha sido assim em situações anteriores: “Pena o silêncio ensurdecedor a que se remeteu quando o carro do presidente do FC Porto foi igualmente atacado e atingido por pedras ao passar por baixo de um viaduto quando circulava na auto-estrada A5, a 24 de janeiro de 2010”.

O tom crítico ao governante aumenta: “Rui Pereira é ministro de Portugal, não é ministro de nenhum clube ou de nenhum grupo de adeptos”.

“Como responsável pela Administração Interna tem a obrigação de cuidar para que todos os cidadãos circulem à vontade no país, como tem a obrigação de ordenar investigações igualmente implacáveis para situações similares”, afirmam os portistas, para quem “fazê-lo só às vezes é lamentável e só ilustra como não reúne as condições para ser ministro de Portugal”.

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