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Eleições na FPF devem ser «transparentes», Joaquim Evangelista

O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) considerou hoje que as eleições para a Federação da modalidade devem decorrer de um “processo transparente”, sem “jogadas de bastidor” e com “candidatos de rotura” com o passado.

“Agora é que está aberta a ‘silly season’. Vai ouvir e escrever-se muita coisa. Mas gostava que não houvessem jogadas de bastidores e que o processo eleitoral fosse mais transparente”, disse Joaquim Evangelista, que falava aos jornalistas à margem do balanço do estágio para jogadores desempregados.

Às eleições da Federação Portuguesa de Futebol, agendadas para 10 de dezembro, são apenas conhecidos dois candidatos anunciados: António Sequeira (antigo secretário-geral do organismo) e Filipe Soares Franco (antigo presidente do Sporting.

Para o responsável pelo SJPF, que falava à margem da cerimónia de encerramento do Estágio do Jogador, é necessário encontrar “novos candidatos de rotura” para se encontrar um novo caminho para o futebol e a “defesa dos jogadores nacionais”.

“Há dois dias, aquando da condecoração da seleção sub-20, o Presidente da República sentiu-se na obrigação de apelar para a defesa dos jogadores nacionais. Este ato eleitoral da Federação devia seguir esse sentido. Dirigentes, treinadores, Governo, através da comissão criada para estudar o caso, Liga, deviam unir-se todos na defesa do futebolista português”, afirmou.

Joaquim Evangelista não se quis pronunciar acerca da candidatura de Soares Franco, avançando que “é prematuro” o Sindicato fazer para já qualquer comentário.

“É cedo para o Sindicato tomar posição. Acho que é prematuro comentar sem saber as propostas, mas também é tarde para a apresentação de candidaturas, estas já deviam ter sido apresentadas há mais tempo, pois os temas têm de ser conhecidos e discutidos. Espero que os candidatos não coloquem os interesses pessoais à frente da modalidade”, explicou.

Joaquim Evangelista lembrou que o atual presidente, Gilberto Madaíl, que ainda não decidiu se se vai recandidatar ao cargo, tem obrigação de acompanhar o processo no “sentido de estado”, de modo a “salvaguardar a herança que deixa”.

“Madail tem de ter a consciência de que deixa uma herança pesada, independentemente dos erros que possa ter cometido, todos erramos. Deixa a seleção nacional no sétimo lugar do ‘ranking’ da FIFA. Devia salvaguardar que entrega a federação a quem tem competência e credibilidade”, frisou.

O responsável pelo Sindicato reiterou ainda a importância da defesa dos jogadores nacionais, relembrando que a 31 de agosto fechou o mercado de transferências e foram inscritos na I Liga de futebol 438 jogadores, dos quais 254 estrangeiros e somente 184 portugueses.

“Este é um dado negativo que precisa de ser corrigido e o nosso contributo é conseguir alterar esta situação”, frisou.

Quanto ao balanço de mais um estágio para jogadores desempregados, Joaquim Evangelista disse que pode avançar “dados significativos”, já que 48,5 por cento dos jogadores que participaram da zona Norte encontraram clube, e 57,5 por cento da Zona Sul também têm um novo “patrão”.

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