O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) procedeu hoje a buscas na sede da Naval 1.º de Maio, clube da Liga de Honra de futebol, investigando um processo de emigração clandestina e falsificação de documentos.
Armando Guindeira, diretor geral do clube da Figueira da Foz, confirmou a presença dos inspetores do SEF nas instalações do clube: ''Desde as 11:00, esteve nas nossas instalações uma equipa do SEF, a quem demos toda a colaboração que nos foi solicitada''.
''Apenas posso referir o que me foi dito: trata-se de uma investigação que pretende apurar o trajeto de um cidadão de nacionalidade guineense, que em 2006 poderá ter estado ao serviço da Naval como jogador de futebol”, disse.
Fonte ligada ao processo disse à Agência Lusa que as diligências estão, alegadamente, relacionadas com uma investigação sobre auxílio à emigração clandestina e falsificação de documentos e que decorre há cerca de ano e meio.
O processo tem vários arguidos constituídos e, no caso das buscas à Naval, o foco está no cidadão Deylson Nunes, jogador de futebol conhecido por Vá-Vá, que atualmente representa o Oliveira do Hospital, da III Divisão, e já foi ouvido no âmbito da investigação.
O jogador chegou a Portugal em 2006 e esteve vinculado contratualmente ao clube figueirense, que, entretanto, o cedeu por empréstimo ao Pampilhosa.
Vá-Vá era agenciado pelo empresário FIFA Cesário Ramos Monteiro, que enviava os jogadores para Portugal, onde tinha um representante, Francisco Nar, um ex-jogador de futebol que indicava jogadores guineenses a vários clubes.
Cerca das 16:00 horas, os inspetores do SEF abandonaram as instalações do clube figueirense.