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Moçambique surpreendeu a África e o mundo do futebol ao derrotar Marrocos com uma vitória por 2-0, na primeira-mão da última eliminatória de apuramento para a CAN. Sexta-feira, a seleção banhada pelo Oceano Índico desloca-se ao terreno do adversário e só tem que segurar a vantagem.
Além de Moçambique estar na frente do marcador, a equipa do sul de África distingue-se pela gigantesca diferença de orçamento em relação a Marrocos. Não será injusto afirmar que os moçambicanos conseguem fazer omeletes sem ovos.
«Foi o presidente da Federação de Marrocos quem reconheceu que tem um orçamento de 40 milhões de dólares. O nosso é de 1 milhão», começou por dizer Feizal Sidat, presidente da Federação de Futebol Moçambicana, concluindo o seu raciocínio.
«O nosso orçamento, que é curto para as responsabilidades, está esgotado. De resto, este estágio em Portugal só foi possível graças à intervenção governamental, que entende a importância do que está em jogo. Quanto a prémios, existem os que estão fixados por lei, que o Estado paga pelos feitos dos seus atletas, mas que privilegiam as modalidades individuais. Logo, acredito que o Governo será o primeiro a reconhecer o heroísmo destes jogadores e, se nos apurarmos, os saberá recompensar um pouco melhor», rematou.
