Presidente do Lusitanos diz que vitória na Liga Campeões seria «um orgulho»

“Seria um salto importante para a nossa economia e seria um orgulho. Passar a eliminatória seria o máximo”, disse António Cerqueira, em declarações à agência Lusa, na véspera da receção ao EB/Streymur, campeão das Ilhas Faroé, no primeiro jogo da ronda.

António Cerqueira garante que a equipa espera fazer melhor resultado do que no ano passado, em que foi derrotada por um agregado de 9-0 pelo Valletta FC, de Malta.

“Esperamos fazer melhor resultado do que no ano passado, porque no ano passado as coisas correram muito mal”, afirma o presidente do clube, fundado há 14 anos por emigrantes portugueses, antevendo um jogo equilibrado apesar de admitir que o adversário poderá estar melhor fisicamente.

Segundo António Cerqueira, o plantel do Lusitanos conhece mal a equipa das Ilhas Faroé, que leva já 14 jogos disputados, devido ao facto de a época ter começado em março.

“Conhecemos pouco, estamos a ver vídeos recentes. Sei que é uma equipa mais ou menos amadora também, creio que será uma partida equilibrada”, diz.

O presidente da formação andorrana refere que a equipa, que se prepara para disputar o seu sétimo jogo na Liga dos Campeões, teve algumas alterações em relação à época passada.

“Agora contratámos três jogadores bons, para o nível daqui. Contratámos um guarda-redes e dois laterais [um português e dois internacionais andorranos], que nos faziam falta, era o setor do campo onde nos faziam mais falta”, explica António Cerqueira.

O líder dos Lusitanos espera muito público no jogo de terça-feira, da primeira mão da primeira eliminatória de qualificação para a “Champions”.

“Os bilhetes só são postos à venda amanhã [terça-feira]. São baratos, custam 10 e cinco euros para ver se temos muita gente no campo”, refere.

Com um orçamento anual de 240.000 euros a equipa ainda está, de acordo com António Cerqueira, à procura de um patrocinador: “Estamos a ver se conseguimos patrocinador, ultimamente a coisa está difícil, a crise afeta todo o mundo e também nos afeta a nós”.

Em declarações ao sítio da UEFA, o treinador da equipa, Carlos Sanchéz, garante que o plantel está tranquilo para o encontro, que encara com uma final.

“Temos de tentar realizar uma boa exibição e procurar deixar uma boa imagem, mostrando-nos sempre concentrados e competitivos”, disse, acrescentando: “É necessário muito esforço para nós, clubes de Andorra, chegarmos até aqui. Por isso, estamos a trabalhar seriamente e a encarar este embate como se fosse uma final”.

O técnico, que começou a orientar a equipa a meio da época passada, espera obter um bom resultado em casa e admite que tem procurado na Internet informações sobre o adversário.

“Se conseguirmos obter um bom resultado [no Estadi Comunal] o sentimento será excelente. Esse jogo em casa será determinante'', explica, garantindo: “A minha equipa sabe o que tem de fazer. Geralmente, não ficamos nervosos antes de disputar este tipo de jogos grandes e teremos de nos apresentar calmos em campo”.

O vencedor da eliminatória, cujo encontro da segunda mão se disputa a 09 de julho nas Ilhas Faroé, irá defrontar na segunda pré-eliminatória o Dínamo Tbilisi, da Geórgia.