Israel autoriza entrada de futebolistas árabes para torneio na Palestina

A recusa de Israel em deixar entrar algumas equipas nos territórios palestinianos, da qual a organização deu conta em conferência de imprensa na quinta-feira, atrasou o começo do torneio, que já deveria ter arrancado.

''O presidente da Federação de Futebol do Oeste Asiático (WAFF), o príncipe Ali Bin al-Hussein [jordano] e o vice-presidente da FIFA fizeram uma intervenção, com a UEFA [à qual pertence Israel], para resolver a questão'', indicou à AFP o secretário-geral da WAFF, Fadi Zureiqat.

''Israel capitulou e deu autorização para que [sejam emitidos] os vistos de entrada a todas as equipas e aos seus responsáveis oficiais'', acrescentou.

''As delegações estão prestes a partir para a Cisjordânia. A WAFF vai reunir-se hoje à noite para, na sequência desta informação, decidir o programa oficial'', explicou Fadi Zureiqat.

A FIFA tinha pedido à federação israelita para que ajudassem a desbloquear a situação, uma vez que cerca de 30 jogadores e responsáveis árabes ainda não tinham obtido a autorização e estavam assim a adiar o início do campeonato regional sub-17.

A decisão israelita levou a Federação Palestiniana de Futebol a apelar à FIFA para que mostrasse ''um cartão vermelho a Israel''.

Entre as pessoas proibidas por Israel de entrar na Palestina contavam-se três treinadores da Jordânia, dois representantes dos Emirados Árabes Unidos, bem como 13 treinadores e jogadores do Iraque, indicou na quinta-feira uma responsável palestiniano.

Os territórios palestinianos também serão os anfitriões do campeonato da WAFF de sub-21, agendado para o início de outubro.