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Mundial 2014: Portugal-Suécia ou Ronaldo-Ibrahimovic?

As seleções de Portugal e da Suécia, adversárias no “sprint” final para o Mundial2014, têm mais em comum do que as diferenças entre os dois futebóis poderiam antecipar, vivendo ambas da inspiração das “estrelas” Cristiano Ronaldo e Zlatan Ibrahimovic.

Os dois selecionadores, Paulo Bento e Erik Hamrén, tiveram o máximo cuidado em assegurar que os seus jogadores mais influentes não ficariam afastados por motivos disciplinares dos “play-offs” da zona europeia de qualificação e os dois avançados “limparam” os cartões amarelos nos penúltimos jogos da fase de grupos.

Outro fator comum entre Portugal e Suécia foram as fragilidades defensivas evidenciadas durante o apuramento, mas, neste caso, não é possível dissociar o valor dos adversários e a comparação não é lisonjeira para a “equipa das quinas”, que terminou em segundo lugar da “poule” F, atrás de uma pouco impressionante Rússia.

A Suécia também acabou no segundo posto do grupo C, mas foi apenas superada pela Alemanha, que parece estar a regressar aos tempos em que “o futebol é um jogo em que no fim ganha” a seleção germânica, como observou o antigo internacional inglês Gary Lineker para caracterizar a superioridade da antiga RFA.

Foi precisamente na Alemanha, num jogo arbitrado por Pedro Proença, que os suecos protagonizaram a mais sensacional recuperação da fase de qualificação, empatando 4-4 em Berlim, depois de terem chegado aos 60 minutos a perder por 4-0, com Ibrahimovic a iniciar a “revolta”, marcando um dos seis golos no apuramento.

Além do empate 3-3 em Israel, onde esteve a perder por 3-1 aos 70 minutos, Portugal também virou um resultado negativo de 2-1 para 4-2 na Irlanda do Norte, graças ao primeiro “hat-trick” de Cristiano Ronaldo na seleção, que lhe permitiu tornar-se o segundo melhor marcador de Portugal, ultrapassando Eusébio.

Além das diferenças consideráveis entre o valor de Israel e Irlanda do Norte e da Alemanha, a partida de Belfast foi também a única em que o avançado do Real Madrid justificou a importância que lhe é atribuída no futebol praticado pela equipa lusa, ainda que tenha marcado um golo, no triunfo por 2-1 no Luxemburgo.

Ibrahimovic, pelo contrário, foi preponderante na campanha da seleção escandinava, concretizando golos decisivos em quatro partidas: “bis” na receção às Ilhas Feroé (2-0), golo solitário no Cazaquistão (1-0), e golos que garantiram as vitórias por 2-1 em Thorshavn, aos 75 minutos, e na receção à Áustria, aos 86.

Se Portugal terminou com nove golos sofridos em 10 jogos, quase à média de um por encontro, a Suécia “encaixou” 14, mas poderia ter menos de metade se não se tivesse cruzado com a demolidora Alemanha, que lhes marcou nove – tantos quantos a equipa lusa sofreu -, cinco dos quais no último jogo da qualificação.

A partida de Solna, em que os alemães responderam à desfeita de Berlim, virando para 4-2 uma vantagem inicial de 2-0 da Suécia e acabando por se impor por 5-3, expôs as debilidades defensivas dos nórdicos, mas também as virtudes ofensivas, de forma mais relevante por não terem contado com “Ibra”.

Apesar de ter tido alguns momentos altos - que Portugal nunca viveu, nem mesmo quando venceu na receção à Rússia por tangencial 1-0 -, a seleção sueca também cometeu alguns deslizes, como o “nulo” na receção à Irlanda do Norte, tendo ainda passado ao lado das goleadas nos confrontos com as frágeis Ilhas Faroé.

A seleção portuguesa defronta a congénere sueca a 15 de novembro, no Estádio da Luz, em Lisboa, deslocando-se à Suécia quatro dias mais tarde, a 19, em jogos dos “play-offs” nos quais procura garantir o apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo, que vai realizar no Brasil, entre 12 de junho a 13 de julho de 2014.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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