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Reputação: O Annus Horribilis do Barcelona

Há sempre anos melhores do que outros. Apesar de nem sequer ir a meio, o ano de 2014 está a ser francamente complicado para o Barcelona. Do 'Caso Neymar', que levou à demissão do então presidente Sandro Rosell, à interdição de contratar jogadores imposta esta semana pela FIFA, muito tem mudado na imagem e reputação de um clube que se olhava como exemplar.

Reputação: O Annus Horribilis do Barcelona

É verdade que dentro das quatro linhas, apesar de não ser um ano vistoso, as coisas ainda estão bem para o Barcelona. A equipa de Gerardo 'Tata' Martino está a lutar por um lugar nas meias-finais da Liga dos Campeões, mantém-se no segundo lugar do campeonato, a um ponto do líder Atlético de Madrid, e tem a final da Taça do Rei marcada para o dia 16 de Abril, com o Real Madrid. Não é o ano da dominação absoluta a que nos habituamos, mas nem tudo está mal.

Onde as coisas estão francamente más é no que toca à imagem e reputação do clube. O final de 2013 e os primeiros meses deste novo ano foram mesmo desastrosos para o clube catalão.

Primeiro foi o 'Caso Neymar'. Neste momento, ainda ninguém sabe de facto por quanto é que Neymar foi contratado, para onde foi o dinheiro da sua contratação e quanto ganha o jogador brasileiro no Barcelona. Demasiadas perguntas que continuam por responder e que não ajudam a dissipar o sentimento de desconfiança gerado em torno do clube. A grande estrela da equipa, Lionel Messi, também se viu envolvido em polémica quando se soube que o argentino tinha problemas com o fisco espanhol.

Como se não bastasse, esta semana foi o próprio clube a estar envolvido em mais uma notícia desastrosa. O Barcelona terá desrespeitado as normas da FIFA no que diz respeito à contratação de jovens futebolistas com uma idade inferior a 18 anos. O veredicto do órgão que regula o futebol mundial foi claro: o Barcelona está proibido de contratar jogadores nos dois próximos mercados de transferências, a saber agosto deste ano e janeiro de 2015. Um duro golpe para o Barcelona, que pretendia reforçar uma equipa já algo envelhecida em certos setores.

Todos estes casos ensombram a reputação e a imagem de um clube que tem justamente como lema ser mais do que uma equipa de futebol (o lema 'més que un club' apela ao reforço dos valores catalães). Com tudo isto, os dirigentes do Barcelona demonstraram que são tentados, como tantos outros, a fazer as coisas por vias escuras e duvidosas. Quem sai prejudicada é a instituição. Muitos dirigentes assumem os cargos sem sequer saberem quais os reais valores da instituição que representam. Tomam decisões que depois prejudicam grandemente o clube, os adeptos e a região.

Outro erro importante quando surgem casos pouco abonatórios como estes é a rapidez com que se reage. A gestão de crise, para ser eficiente, acarreta dois aspetos fundamentais: a velocidade da resposta e a transparência na hora de assumir os erros. Nada disso tem sido feito no Barcelona. A História do clube catalão tem de ser respeitada sob pena de se pôr em causa até as conquistas desportivas.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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