Euro-2004: Novo Estádio D. Afonso Henriques ajudou o Vitória a crescer

À semelhança dos estádios do Bessa, Leiria e Coimbra, o recinto vimaranense, que foi o primeiro dos escolhidos para o Euro2004 a ser oficialmente inaugurado, a 25 de julho de 2003, resultou de uma remodelação do anterior recinto.

Para Armando Marques, o novo D. Afonso Henriques ajudou o Vitória de Guimarães a "crescer", permitindo uma "melhor organização do clube", contudo, considera que ficou uma coisa importante por fazer.

"Em termos estruturais, o estádio tem um grande defeito: não consigo meter um camião pesado lá dentro, o que o torna limitativo para algumas ações e para dotá-lo de uma maior polivalência, nomeadamente para a realização de espetáculos", lamentou.

Armando Marques notou que o novo estádio originou uma "logística totalmente diferente para rentabilizar os espaços criados", mas ainda não está completamente potenciado.

Tem custos mensais a rondar os 25 mil euros, verba que os responsáveis do clube têm por meta que seja coberta na totalidade pelo aluguer de espaços, mas "ainda há um défice elevado".

Atualmente, o clube tem espaços alugados a uma escola profissional, às "Águas do Noroeste" e, "muito em breve", um outro projeto vai ser instalado debaixo da bancada nascente, revelou.

O dirigente classificou de "satisfatório" o estado geral atual do D. Afonso Henriques, notando que "quando um estádio está em pleno uso, como é o caso, não sofre das anomalias de um que está abandonado".

Com capacidade para 30 mil lugares, é um recinto "bastante funcional, prático e, em termos de segurança para os espetadores, permite a saída muito rapidamente".

O clube quer "dar mais vida ao estádio" e, nesse sentido, vai transferir para lá todos os seus serviços administrativos e da SAD, reformular a loja, "para um mais digno atendimento aos associados".

O Vitória quer também que a Câmara Municipal de Guimarães inclua no roteiro turístico da cidade o D. Afonso Henriques para que os turistas que visitam a cidade conheçam a história do clube, porque "o Vitória é um elemento preponderante da cidade e a sua maior bandeira para o exterior".

O relvado, onde, em janeiro de 2004, o húngaro Miklós Fehér caiu inanimado, foi substituído há dois anos e pode voltar a sê-lo no final da época que vai começar em agosto.

"Poderá acontecer, temos uma proposta para um concerto no final da próxima temporada que engloba a substituição do relvado", revelou o responsável.

Já se realizaram 267 jogos no novo D. Afonso Henriques, por onde já passaram 2.491.461 espetadores.

A partida com maior assistência ocorreu na II Liga, na receção ao Olhanense (29.160 pessoas), em contraste quase absoluto com as 475 "almas" que marcaram presença diante da Naval, jogo a contar para a Taça da Liga.