Erwin Sánchez acredita que sorte vai aparecer ao Boavista

Erwin Sánchez disse que os dois jogos perdidos em casa, com Rio Ave (2-1) e Nacional (1-0), "já fazem parte do passado".

"Não podemos estar a lamentar-nos por coisas que não conseguimos. Temos que tirar as coisas positivas desses dois jogos e estar muito mais fortes e confiáveis nos que vêm aí", referiu o técnico 'axadrezado'.

O treinador boliviano realçou que "o Marítimo tem um treinador com muita experiência, que conhece muito bem o futebol português e está a fazer um bom trabalho".

"Mas nós temos que deixar de pensar naquilo que os outros podem fazer, sem tirar o mérito que eles têm, e preocuparmo-nos mais com as coisas que não estamos a fazer bem. É isso que temos falado mais com os jogadores, preocuparmo-nos mais com o Boavista. Não podemos estar a ficar distraídos com outras situações", sublinhou.

Sobre o facto de atuar fora de casa poder baixar a ansiedade dos jogadores, Sanchez respondeu que "quem tem medo compra um cão".

"Quem é jogador de futebol não pode ter medo em lado nenhum, senão, está na profissão errada. Tivemos estes percalços (derrotas caseiras com Rio Ave e Nacional) e temos que reiniciar tudo o que tínhamos feito", afirmou.

Sánchez falou também sobre a pressão que pesa sobre o Boavista, que na última ronda voltou a um dos dois lugares de despromoção (17.º).

"Gostaria que acreditassem metade do que eu acredito e, se fizermos metade do que treinámos, as coisas seriam menos complicadas, mas é diferente treinar e jogar. Temos que ser muito mais fortes mentalmente para poder continuar neste difícil caminho, mas acredito que vamos acabar por ficar com um sorriso no final da época", reafirmou.

Na última jornada, frente ao Nacional, o Boavista terminou o jogo com dez jogadores, devido à expulsão por acumulação de amarelos do defesa-central Philipe Sampaio, sendo esta uma situação que já penalizou a equipa noutros jogos.

Sánchez respondeu que os 'axadrezados' veem cartões de "uma maneira veloz", mas, mais adiante, referiu que, "da parte da arbitragem, é muito complicado gerir a pressão".

"Mas não posso dizer aos jogadores para não meter o pé, porque senão, estaríamos a fazer uma equipa de mariquinhas", analisou.

O Boavista, 17.º, com 21 pontos, defronta pelas 20:30 de sexta-feira o Marítimo, 10.º, com 29 pontos, no encontro inaugural da 26.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que será arbitrado por Bruno Paixão, da Associação de Setúbal.