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Europeu 2000: Costinha recorda o golo marcado à Roménia

O ex-futebolista Costinha, que representou Portugal no Euro2000, recordou a felicidade que viveu quando soube que fazia parte dos convocados para a competição, na qual marcou o golo que carimbou o acesso aos quartos de final.

Europeu 2000: Costinha recorda o golo marcado à Roménia

Formado no Oriental, tendo passado por Machico e Nacional, Costinha chegou ao Mónaco em 1997 e, depois de três anos ao serviço dos franceses, integrou os convocados de Humberto Coelho para o Euro2000, chamada que diz ter surpreendido muita gente.

“Entrei na seleção um bocadinho como o Renato Sanches entrou nesta seleção de 2016, um bocadinho como ‘outsider', não estavam à espera e foi o que me aconteceu. Tinha feito uma boa época no Mónaco, tinha sido campeão francês, tinha vindo apenas três vezes à seleção e, na decisão, Humberto Coelho entendeu que eu faria parte do grupo e fiquei extremamente feliz”, afirmou, em entrevista à Agência Lusa.

No primeiro jogo do Europeu, Costinha não jogou, mas descreve como “espetacular” a vitória por 3-2 frente a Inglaterra, numa partida que foi “uma grande lição de vontade, humildade e ambição”.

“O primeiro jogo foi espetacular. A perder 2-0, tivemos grandes golos do Figo, João Pinto e Nuno Gomes. Nesse jogo, fui aquecer ao intervalo, aqueci toda a segunda parte e não entrei, mas o espirito era tão forte, que estávamos contagiados com a forma como tínhamos conseguido virar o jogo. Penso que demos uma grande lição de vontade, humildade e ambição”, vincou.

Ao segundo encontro, frente à Roménia, Costinha foi ‘estrela': entrou aos 87 minutos e, já em período de compensação, apontou o único golo do jogo, que deu o acesso de Portugal aos quartos de final.

“O jogo com a Roménia foi o que me projetou. Consigo fazer um golo que dá a qualificação direta a Portugal. Estava no banco, a Roménia tinha feito um ataque muito perigoso pelo Hagi, o Humberto Coelho pensou a poucos minutos do fim que era melhor ter um ponto do que a Roménia ganhar e ficarmos todos baralhados no grupo e decide por um centrocampista. Tira o Rui Costa e recordo-me, entrei meio perdido devido ao ritmo elevado do jogo", disse.

Só que aos 90+4 minutos, na sequência de um lance de bola parada, um livre cobrado por Luís Figo, Costinha fez a diferença.

“Há um livre e para a área. Foram o Jorge Costa, o Fernando Couto e eu. Como era o mais novo, achei por bem ir para o meio campo ocupar a posição de defesa e o Paulo Bento é que diz ‘miúdo onde é que vais?'. Ele disse ‘vai para a frente, eu fico lá atrás'. O Luís Figo bate o livre e eu tenho a felicidade de me antecipar e marcar o golo que dá a qualificação e me deixa duas imagens fantásticas: uma a bancada atrás da baliza completamente cheia de portugueses em delírio e outra a mão do Jorge Costa a puxar-me o pescoço”, descreveu.

Depois de nos ‘quartos' eliminar a Turquia (2-0), com dois golos de Nuno Gomes, assistido por Figo, Portugal foi eliminado pela França, num jogo no qual considera que a seleção orientada por Humberto Coelho teve azar.

“Defrontámos uma grande seleção, foram campeões europeus. A nossa equipa jogou bem, mas teve azar no lance da grande penalidade e eles foram felizes. Fazem um ‘golo de ouro’ que é sempre triste. Marca-se um golo e acaba o jogo, não há possibilidade de reagir. Poucos minutos antes, o Barthez faz uma defesa espetacular a um cabeceamento do Abel Xavier, que podia ter dado 2-1 para nós”, destacou.

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