Primeira Liga: Arouca - Marítimo (declarações)

Lito Vidigal (treinador do Arouca): “Há coisas mais importantes do que futebol. Assinalou-se no sábado a luta portuguesa contra o cancro. Devemos ajudar esta causa.

Preparámo-nos bem para este jogo, contra uma equipa forte, que todos os anos aposta forte para ficar nas seis primeiras posições da I Liga. A alma apareceu, esta é a matriz da nossa equipa. Temos de perceber que o Arouca é um clube de trabalho. Só com trabalho podemos ter resultados positivos.

É uma adversidade, mas temos de encontrar soluções para os problemas. É a nossa forma de estar.

Raramente falo das justiças do futebol. Fizemos um jogo seguro, os jogadores estiveram tranquilos, ainda não se soltaram como eu quero, mas eu entendo-os. A nossa época vai um pouco mais longa, e um clube como o nosso, com jogadores ainda pouco experientes, fez-nos alguma mossa, mas nunca perdemos o rumo. Esta vitória foi importante.

Temos pouco tempo para saborear as vitórias, tenho de pensar já no próximo jogo, com o Sporting. Vamos tentar ser um Arouca competitivo, agressivo e com uma ambição terrível de ganhar. Esse é o trabalho da próxima semana”.

Daniel Ramos (treinador do Marítimo): “Não foi um jogo de grande qualidade, mas foi um jogo de grande disputa e entrega de ambas as equipas.

Sabíamos da importância do jogo para o Arouca e tentámos responder da mesma forma. As equipas igualaram-se bastante, o desnível foi apenas no resultado e num ou outro pormenor.

Percebíamos que os minutos a passar jogavam contra o Arouca e, depois, não aproveitámos como devíamos ter feito. Faltou clarividência para aproveitar os espaços que estávamos a ter. Tivemos um erro, que nos penalizou e trouxe injustiça perante aquilo que se passou.

O resultado final devia ter sido um empate.

(Sobre o erro de Maurício) Provavelmente ele é o mais triste de todos. Temos de falar com ele e passar-lhe a confiança que ele merece. Estava a fazer um bom jogo e teve uma infelicidade. No próximo jogo, quem sabe, é ele a dar a vitória.

Há muitas vezes intenção de fazer algo diferente no jogo, mas há um adversário que neutraliza essa intenção. As duas equipas estiveram muito receosas de perder o jogo. Era também nossa estratégia enervar o Arouca nos instantes finais. Podíamos ter feito um pouco mais”.