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«Luisão vai ficar na história do Benfica e do futebol português», Moreira

O guarda-redes José Moreira, do Estoril, é um dos futebolistas em atividade que viu Luisão chegar ao Benfica, em 2003, e garante que há um lugar na história para Luisão, a dias dos seus 500 jogos pelo clube.

«Luisão vai ficar na história do Benfica e do futebol português», Moreira

Em declarações à Agência Lusa, o agora estorilistas, que representou o Benfica entre 1999/2000 e 2010/2011, desfia as suas memórias desse verão de 2003, recordando a “chegada imponente de um central com um físico enorme” e que soube resistir às críticas iniciais, apesar de Luisão até se ter estreado com um golo, num empate (3-3) diante do Belenenses.

“Era um central que vinha de uma grande equipa brasileira (Cruzeiro), um central com uma imponência física enorme e que, infelizmente, não começou bem. Recordo-me de que teve algumas lesões e as pessoas - entre aspas - não gostavam muito dele, mas ele trabalhou, lutou e veio a mostrar ao longo destes anos todos o quão bom central e ser humano é”, afirma o guardião, de 34 anos.

Os 36 anos que Luisão hoje completa são também o testemunho da fidelidade do jogador ao clube e da presença que o seu passado já projeta no futuro do Benfica: "Decerto que vai ficar na história do Benfica e do futebol português, como é óbvio. Todos estão satisfeitos com o trabalho dele”.

Porém, Moreira sublinha que é prematuro falar do impacto de Luisão na história dos ‘encarnados', já que o defesa brasileiro continua a escrever essa história jogo após jogo.

“De que maneira vai ficar na história, só um dia mais tarde se vai saber. As histórias estão no museu e ele ainda está dentro de campo, portanto, ele ainda está a fazer a história dele", realça.

Para o guarda-redes do Estoril-Praia, já é, no entanto, “óbvio” que o central internacional brasileiro “deixa um legado importante, um legado pesado”.

“De certeza que quem assumir esse cargo vai estar tão bem preparado quanto ele. Sei que ele, neste momento, está a tentar ensinar os jovens para quando chegarem à posição dele poderem desempenhar tão bem a função como ele desempenha”, acrescenta o antigo guardião do Benfica.

Muito mudou nos percursos do Benfica e do próprio Moreira. Apenas Luisão permaneceu no seu lugar desde 2003, sendo hoje uma expressão de uma outra era do clube, como o guarda-redes assinala numa história que ambos partilharam.

“Na altura em que ele chegou, o Benfica estava a construir o novo estádio e treinávamos em Massamá. Recordo-me que ele ia com o preparador físico subir 'n' vezes as escadas. Nós estávamos a treinar e ele andava a subir e descer escadas. Se calhar, também foi isso que o deixou mais preparado para conseguir vencer”, recorda.

Luisão deverá completar a marca dos 500 jogos pelo Benfica na terça-feira, diante do Borussia Dortmund, para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Com esse registo, o central - que já é o quarto jogador com mais partidas - entra numa restrita galeria de ‘históricos' da Luz, na qual figuram o recordista Nené (578 jogos), António Veloso (535) e o malogrado Mário Coluna (518).

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