O Amarante, do Campeonato de Portugal, protagonizou hoje uma das surpresas da segunda eliminatória da Taça de Portugal de futebol, ao derrotar em casa o Varzim, da II Liga, por 1-0, num jogo resolvido por Paul Ayongo.
O avançado ganês foi o herói da eliminatória, ao converter a grande penalidade assinalada, aos 74 minutos, por falta na área varzinista de Jean Filipe sobre Andrezinho, numa altura em que a formação da II Liga estava reduzida a 10 elementos, por expulsão de Tiago Valente, 'amarelado' aos 45 e 59 minutos.
Depois da vitória em Fafe, na primeira eliminatória (1-0, após prolongamento), o Amarante segue merecidamente em frente na Taça, procurando reeditar a brilhante prestação de 2015/16, quando atingiu os oitavos de final da competição, 'caindo' em casa diante do então primodivisionário Arouca (2-1).
O Varzim entrou displicente em campo, confiante na resolução mais cedo ou mais tarde de um problema que foi ficando maior à medida que os minutos iam passando e os locais ganhavam confiança.
Pintassilgo protagonizou o único remate enquadrado da primeira parte, já nos descontos, num período de muita luta, sobretudo a meio campo, mas pouco futebol.
O experiente médio do Varzim foi dos poucos jogadores da equipa que mostrou empenho, por vezes excedendo-se até na entrega, tendo-lhe sido mesmo perdoada a expulsão na primeira parte, por entrada violenta.
O segundo tempo teve mais emoção e os dois momentos principais jogaram a favor dos amarantinos: aos 58 minutos, o Varzim ficou perto de inaugurar o marcador, mas Malele não aproveitou um atraso e, depois de conseguir isolar-se, permitiu a defesa de Paulo Vítor, e, na sequência deste lance, Tiago Valente fez falta no limite da área do Varzim e acabou por expulso.
João Eusébio fez entrar Káká e Nelsinho, mais tarde avançou Ruan para o ataque, mas o jogo estava inclinado para o Amarante.
Foi já com mais uma unidade em campo que os locais chegaram à vitória, pelo irreverente Paul Ayongo, na cobrança de uma grande penalidade.
Até ao final do encontro, o Varzim procurou, finalmente, acelerar o jogo, mas o Amarante juntou as linhas e foi coeso a defender, não permitindo qualquer situação à formação da II Liga, que, no final, ainda contou com os protestos dos adeptos do emblema da Póvoa de Varzim.